terça-feira, 30 de dezembro de 2008

FELIZ 2009

Para finalizar 2008, uma homenagem a musica mais linda do mundo: A nossa musica popular brasileira, que a trancos e barrancos está conseguindo se levantar e se Deus quiser em breve vai voltar a ocupar o lugar que sempre teve e que por um breve tempo foi roubado pelas multinacionais estrangeiras.
Representada pelo maior compositor brasileiro e um dos maiores do mundo Tom Jobim – Chega de Saudade
Que 2009 seja mais musical, mais literário, mais amor e generosidade.
Feliz Ano Novo!!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

ENFIM... FINAL FELIZ


Outro dia, meu computador começou a desligar sozinho. Não me importei. Em seguida começou a desligar quando eu estava no meio de um trabalho. Comecei a desconfiar que alguma coisa não estava bem. Dias depois, quando eu tentava entrar, ele desligava. Entrei em pânico, chamei amigos e técnicos que me fizeram esperar dias e dias até chegar à conclusão que a parte C do disco estava perdida. Só poderiam salvar o D. Ok, eu coloco o mais importante no disco D, mas no C estava o Outlook com todos os meus endereços de email, etc. Tudo perdido.

O susto foi tão grande que eu peguei uma gripe (quando fico seriamente aborrecida, acabo ficando doente). Coisa leve, mas que me impediu de sair de casa por dois dias.
Ante ontem, surpresa! Meu filho chegou com uma sacola enorme da FNAC – Um novo computador – Note book – Zerinho! Presente de natal, de aniversário, de páscoa...
E é nele que estou escrevendo e pedindo desculpas por tanto tempo sem escrever nesse blog e pelos emails sem respostas. A meta agora é encontrar todos os endereços de novo, refazer tudo...
Será que foi por acaso que em pleno final de ano, tudo me obrigue a renovar? Acho que não, a vida tem seus motivos. Ok, renovar é a palavra de ordem.
Feliz natal!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

BIBIDI BOBIDI BU

Tem dias que o presente está carregado de passado. 

Então, num dia assim, eu me lembrei de uma heroína de contos de fadas, num momento seu de pura paranormalidade. 

Coincidentemente (ou não), ela é a princesa da Disney mais querida pelas crianças.E em espanhol, fica ainda mais bonito, não?





sábado, 1 de novembro de 2008

ANIVERSÁRIO DO MEU MELHOR AMIGO

No momento, tenho em casa as temporadas de Sexy and the City e sempre que sobra um tempo, lá vou eu assistir mais um pouco.

No fundo é uma história de amigos e quer coisa mais importante? Amigos de todos os tipos; amigos dentro da família, fora da família, amigos de profissão, de balada, amigos virtuais, de infância, antigos e novos, não importa. São amigos. 
E quem se importa com defeitos, se a gente sabe muito bem que ninguém é perfeito? São eles que no momento mais difícil estão lá, aqueles que sempre estiveram. Também são eles que nos momentos mais felizes estão ali, curtindo junto. Como seria o mundo, sem eles? 

Quem é que dividiria com a gente as experiências, os momentos, as alegrias e as tristezas? Quem é que teria coragem pra dizer "Tá aí, não achei que foi uma boa você fazer isso ou aquilo..." E a gente escutar, avaliar, pra depois chegar à conclusão que ele estava certo. Ou não...
Porque a verdade é que amores, maridos e amantes, muitas vezes não são pra sempre, mas amigos, os de verdade; são.

Tenho amigos de mais de vinte anos de amizade, que conhecem minha alma mais do que eu mesma, e que eu conheço como a palma da mão. Vira extensão da gente. Uma referencia como RG. Amigos irmãos. 

Assim como meu irmão-amigo que era meu irmão por acaso, porque acima de tudo, sempre foi o amigo.
Na semana que passou, fez mais um ano que passei sem ele e no próximo dia 13 seria seu aniversário. Um dia a gente se vê.




sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Yael Naim

Para refletir esse fim de semana, um video que fez parte da campanha da Apple. Pra mim ele tem vários significados. Me lembra o filme "Amor além da vida", o recente "O segrêdo", ou uma frase roubada do blog Miojo: “Tudo o que você faz por obrigação, tira a alegria do seu coração.” Fito Paez

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

ESQUINA DA CULTURA



O tempo não pára como dizia Cazuza, há anos.
Primeiro foi o rádio, que apesar de ainda ser um grande veículo de comunicações, hoje não é mais o que era na época da minha avó, da minha mãe. Cedeu lugar à TV, que começou em branco e preto, depois colorida e tomou a sala de estar, as reuniões de família pra ser definitivamente, desde seu surgimento até os dias de hoje, a grande formadora de opiniões, a líder das comunicações, geradora de empregos e sucessos. Até que apareceu a Internet.
E´a nova linguagem, Assim como tudo na vida têm seus dois lados, é claro que existe o lado cruel, a pirataria, os hackers e todos os vilões que hoje, informatizados, se escondem por trás de computadores e softwares, mas não são menos perigosos.
O lado bom é que temos total liberdade de expressão, de criação e mesmo os nossos músicos, graças a isso, não dependem mais de gravadoras para gravar e vender seus CDs. Criaram-se os Home Studios e as lojas virtuais. Fantástico, não? A mídia pode ser feita através de rádios on line (muitas bastante sérias e que não trabalham com jabás) e programas "net- musicais".
Há pouco tempo soubemos da primeira novela feita por uma emissora de TV da Internet e várias empresas anunciam seus produtos on line com excelente resposta do público. Muitas delas nasceram com a Internet, são empresas basicamente virtuais, mas com rendimentos reais. Compra-se e vende-se de tudo via Net. O virtual casa-se com o real, a ilusão se transforma em realidade e tudo muito mais rápido, perfeito e lógico.
Sábado passado fiz mais um programa de TV – virtual – Esquina da Cultura. Esse programa vai ao ar (pela internet) todos os sábados às 15hs no www.justtv.com.br. Adorei. Apresentação dos meus amigos Alexandre Terreri e Marta Corrêa. Além de entrevistas, eles dão dicas de programas, roteiros de Sampa e informações culturais.
Quem quiser ver a reprise é só entrar aqui http://www.esquinadacultura.justtv.com.br/reprises.html
E clicar no dia 11 de outubro.
Valeu galera! Adorei! Parabéns pelo programa. Um show!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

EU SEI QUE VOU TE AMAR

Fazia muitos anos que eu não ia á Ilhabela. Está ainda mais bela, apesar do tempo frio desse final de semana. O caminho que pegamos talvez seja ainda mais bonito que ela. Fomos pelo caminho das praias, e paramos em algumas delas. Foi quando eu percebi que mais importante do que a beleza de qualquer praia paradisíaca, são os seus habitantes; gentis, sorridentes e amigos. Isso é Brasil.
Numa das noites, sem poder sair por causa da chuva, liguei a TV e quem vejo? Roberto cantando no programa "50 anos de bossa nova"! Foi muito bom estar em Ilhabela vendo e ouvindo Roberto cantando Jobim/Vinicius. Vale à pena postar aqui pra vocês verem comigo. Eu sei que vou te amar.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

HERE THERE AND EVERYWHERE

Tempos que não voltam mais e ao mesmo tempo sempre estarão presentes.
O passado sempre será o nosso futuro, o presente simplesmente não existe, já virou passado
Só ele importa, só ele conta a nossa história, mesmo que quase todas as histórias desse tipo se pareçam.
Às vezes o grande amor de nossas vidas chega cedo demais, às vezes se vai cedo demais, assim como muitas vezes só se percebe tarde demais.
E tudo o que resta é o passado, como um inverno triste e sem sol.
Mas o inverno não é eterno, um dia também se transforma em passado e vira primavera, pra começar tudo de novo, debaixo de um novo sol com outras flores e cores, mas o mesmo amor. Porque só ele é eterno. Aqui, ali e em qualquer lugar
Minha música preferida, feita pelos meus autores preferidos - Lennon e MacCartney -, aqui com meu cantor e músico preferido: George Benson.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

GENIAL DEPARDIEU


Foto de Depardieu na pele de Alain Moreau



Tempo frio em Sampa, viagem cancelada, etc, etc, etc, eu resolvi ver outro filme, - francês, pra ver se fazia as pazes com o cinema da terra de Moliére - "Quand j'étais chanteur", que aqui no Brasil recebeu o titulo de "Quando estou amando" (tradução nada a ver, só pra variar).

Surpresa! Apesar da direção de Xavier Giannoli – indicado a Palma de Ouro por melhor direção – eu não esperava tanto. Fui ao cinema por Gérard Depardieu (um dos melhores atores do século, na minha humilde opinião).

O filme já começa dentro de um singles bar, no show de quem já teve dias melhores; o cantor Alain Moreau. Chocante!
Gente... Seu terno branco, suas rosas vermelhas, sua pop musica anos 70 em plenos anos 2000 e a platéia quarentona e cinquentona ali, dançando e cantando com ele. Mais kitsch impossível. 
Já disseram que; uma vez o cafona exercido com propósito consciente ele se transforma em kitsch. Entendi a razão pela qual, o filme está indicado para o prêmio César Awards. Aliás, os prêmios não param por aí. Vencedor de melhor som e indicações para: Melhor ator, atriz, direção, roteiro original e melhor filme francês. E´mole? E merece.

A história: Acostumado mas também cansado com a vida que leva, ao lado da ex-mulher que se transformou em sua empresária, Alain Moreau é um cantor que não escolhe mais endereço para trabalhar e é assim que ganha a vida enquanto ainda autografa e faz fotos para as suas também cansadas fãs. Até que um dia se depara com uma corretora de imóveis nada gentil, embora discretamente bonita e muito mais jovem que ele. Essa é a sua chance de recuperar -através dela - a juventude perdida. Pronto: Um romance. Mas não é esse o tema central do filme.
O assunto mais importante é ele, que retrata fielmente a vida de um cantor – que já passou há muito dos 50 - que não chegou a ser ídolo, mas já teve seus dias de primavera e hoje em dia é um funcionário free, como qualquer outro, de cabarés, restaurantes, salões de bingo, enfim, onde puder cantar. Como diz Celso Sabadin "Existe um certo charme nostálgico no mundo decadente dos velhos cantores românticos e dos salões de baile".

As músicas não poderiam ser mais adequadas. Sucessos de Serge Gainsbourg, Charles Aznavour, Michel Delpech, Jean-Michel Rivat (até Quiçás, quiçás em francês) e Christophe – que faz uma rápida aparição -.
As melhores cenas são exatamente aquelas em que Depardieu canta, (ele também canta e bem!) sempre no mesmo estilo "iglesiano" que de tão brega virou cult. O figurino segue no mesmo estilo, tanto em relação ao artista quanto ao publico, feito de corações solitários, nesses bailes.
“Quanto Estou Amando” é apontado pela critica especializada, como o filme que melhor celebra a carreira e talento de Gérard Depardieu. Dessa vez, concordo com a crítica. O fato é que esse filme, a gente não esquece. Ao contrário; quer ver de novo. Aliás, se não me engano, eu já vi um personagem desses em algum lugar, ops…
Dica: Fique para os créditos que tem mais uma seqüência, tipo bastidores.Genial!
Dá uma olhada no trailer.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

NOSSOS TROVADORES

Durante as comemorações de 450 anos de São Paulo, uma das grandes homenagens foi do grupo Trovadores Urbanos, que lançou um CD comemorativo, onde cantam canções de autores paulistas. 
Depois do Cd, o DVD e depois do DVD a tournée, por várias cidades do estado e bares da capital, tendo como convidados, os compositores paulistas que fizeram parte dessa homenagem.

Os Trovadores Urbanos, conhecidos por todo o Brasil, transformaram as antigas serenatas em shows particulares e personalizados ganhando sucesso nacional e internacional, com várias tournés também pela Europa.
Muito antes disso, eu já era fã dessa turma, não só pela grande qualidade vocal, mas pelo bom gosto do repertório, pelo resgate musical e acima de tudo, pela simpatia.

Como eu faço parte (felizmente) desses compositores paulistas, fui convidada pelo grupo a participar do show que fazem todas as terças no Villaggio Café, cada terça com um compositor. Viu só, que chique?
Cá entre nós, eu nunca fui muito chegada aos palcos, sempre preferi trabalhar nos bastidores, fazer minhas músicas em casa e depois entregar aos tantos e maravilhosos interpretes que gravaram minhas canções. Mas nesse caso, da terça passada, a história era outra.
Nunca me imaginei no mesmo palco que os Trovadores. Gente... Foi mais do que emocionante.
Eu até respondi algumas questões, cantei, sozinha e acompanhada e depois; foi só elogios. Mas, é claro. Quem não se dá bem quando está ao lado de um grupo desses? Eu a-do-rei!
Eu queria de novo agradecer a essa equipe linda formada por Maida Novaes, Juca Novaes, Eduardo Santana (que também é meu parceiro querido) e a Valéria Caram.
São coisas assim que fazem a gente agradecer ao destino e ao nosso Amigo Maior, que certamente está sempre torcendo pela gente, até quando a gente pensa que ele esqueceu. Esquece nada... Valeu, pessoal!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

A IRONIA DE CHABROL


Acabei de assistir o filme "Une fille coupée en deux" ou "Uma garota dividida em dois", direção Claude Chabrol.

A impressão que se tem é de se estar assistindo um filme dos anos 70 - apesar da história se passar em 2006 - onde a personagem central repete a fórmula de Emanuelle: 

Sem qualquer defesa ela se deixa seduzir por um escritor idoso, pervertido, que a rejeita e a humilha, vivendo por outro lado a insistência de um rapaz bonito, rico, porém problemático e mimado que entra na competição por ela. Tristes e irreais opções, uma vez que se trata de uma garota jovem, bonita e independente.
Mas não pára por aí. A personagem se joga numa paixão doentia (mais pelo fato de não ser amada como queria) pelo tal escritor, independente do século em que vivemos, da autonomia conquistada pela mulher, etc. e coloca em risco seu emprego, seus valores, sua família por uma obsessão com dramáticos resultados. 

Nesse caso, a arte longe de imitar a vida, se propôs a caçoar dela, deixando um gosto de "dejá vu" para o publico, que se esperava um filme com um mínimo de inovação, tudo o que conseguiu foi uma proposital caricatura.
A atriz Ludivine Sagnier, não decepcionou e Benoît Magimel encarnou o próprio angustiado vilão. François Berléand, não conseguiu convencer que seria capaz de seduzir a garota. 

O que teria que passar como uma relação passional, não chegou a causar nem mesmo uma tênue emoção, tal a falta de química dos amantes, sobrando para o vilão, Benoit Magimel, as cenas de maior peso e atenção.
Em se tratando de Chabrol, seria um conto de fadas as avessas (a protagonista se chama Gabrielle Deneige – ou seja De Neve), onde a magia estaria exatamente na falta de amor – só existem obsessões – e na falta de verdade, tanto nos personagens como na história. Uma ironia, dentro do estilo. Tem gente que gosta, mas eu, particularmente e á essa altura do campeonato, prefiro um cinema mais emocionante e com um minimo de conteúdo.

sábado, 2 de agosto de 2008

OS ÚLTIMOS BRASILEIROS

“Índios da etnia Kayabí que habitam atualmente a área do Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso, mantém reféns desde a última quinta-feira (30) quatro pescadores e um servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai) na Aldeia Sobradinho. Eles reivindicam a ampliação de suas terras. A informação é do coordenador de Fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Bruno Barbosa.” (noticia da UOL)

Pelo que entendi, o Brasil era um país habitado - com seus hábitos, religião, política e costumes - quando chegaram os portugueses, se auto-proclamando “descobridores” e seduziram, usaram, abusaram, mataram e expulsaram os verdadeiros habitantes do país. Não contentes, se apropriaram de ouros, pedras preciosas e ainda exigiram impostos que seriam levados para Portugal em paga por essa invasão. 

Ok, isso foi há mais de 500 anos, mas isso redime a culpa?

Depois disso vieram povos de todas as partes do mundo habitar esse pobre país desfalcado e hoje quando ainda os poucos nativos que restam, resistem, são menosprezados, esquecidos, obrigados a viverem em estado de extrema penúria. A única linguagem que podem utilizar para se comunicar é a linguagem do povo que chegou depois; a violência. Eles aprenderam que seqüestrar dá resultado, então usaram. Deviam ter usado antes, mas eram ingênuos demais pra imaginar a proporção que tomaria aquela invasão. Foram os únicos realmente brasileiros, o resto é imigrante, estrangeiro, como a maioria do nosso povo. Tá certo, precisamos de progresso, mas alguém perguntou á eles se era isso que eles queriam ?

sábado, 19 de julho de 2008

HAPPY END CLOCK...

...ops, me perguntaram o final da história do relógio. 
Ele chegou, sim e eu continuo desconfiada que era mesmo o meu (com nova pulseira, mas da mesma marca). Pra saber com certeza eu teria que procurar desde a loja onde comprei pela primeira vez, ou a fabrica, etc. 
Pelo sim, pelo não, resolvi deixar como está e acreditar que ele é o meu , que perdi e agora reencontrei. Happy end.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

DUSSEK DE QUARTA


De repente, Eduardo Dussek chegou de Curitiba pra fazer um show no bar Brahma, na quarta passada – 9 de julho - e me ligou. Imagine se eu iria perder essa...

Dussek pode fazer – se ele quiser – o mesmo show, mil vezes e sempre será diferente. Não adianta ele dizer que seu show é um improviso devidamente ensaiado. São duas horas de surpreendentes curiosidades e altíssimo astral (um amigo meu disse que se curou da gripe, depois do seu show).
Brincadeiras á parte, foi muito bom ouvir de novo suas canções e também a interpretação que só ele daria pra minha canção.

Lá pras tantas (a casa lotada), Cauby Peixoto que estava na platéia, concordou em dar uma “canja”, cantando uma canção de Dussek, com ele. Imperdível.
Canções como “Brega e Chique (Doméstica)”, “Aventura”, “Cabelos Negros”, “Cantando no banheiro” são eternas. Principalmente na interpretação de um artista com pleno domínio da sua platéia a ponto de conseguir com que no “Rock da cachorra”, toda a platéia "latisse" junto com ele.
Um artista assim completo – cantor, ator, escritor, compositor, pianista – não é comum no nosso país. Inteligente, elegante, educado e ainda por cima bonito.
Eu me sinto previlegiada por ter um parceiro desse porte. Fizemos juntos várias canções (Sou eu, Quem é você, Música e Letra, etc.) e se Deus quiser faremos outras mais. Nossa parceria sempre deu sorte; música-tema de shows, de novelas, gravadas por excelentes intérpretes, incluindo ele mesmo.
Dussek deve ficar no mínimo um mês no Bar Brahma, todas as quartas, às 22hs. Se eu fosse você iria lá pra conferir. Ele é no mínimo, o máximo. - Foto -  no camarim depois do show; Malcolm Forest, Dussek e eu

quarta-feira, 9 de julho de 2008

DIA 9 DE JULHO - FERIADO PAULISTA


Dia 9 de Julho alem de ser feriado, é nome de uma grande Avenida em São Paulo, mas muita gente não sabe o que significa. Vamos lá. Um pouco de História:

Com o golpe militar que deportou D, Pedro II em 15 de novembro de 1889, o Brasil se tornou uma República Federativa. Houve a adesão de antigos monarquistas ao sistema republicano de governo e o poder estava nas mãos dos grandes proprietários.
Durante a segunda metade do século XIX, São Paulo não somente enriqueceu devido à expansão cafeeira, como também adotou modelos mais liberais em relação a outras províncias se tornando o maior poder brasileiro. Na época, as mulheres não tinham direito ao voto, esse direito estava também condicionado à pessoa ter determinada renda, e saber ler e escrever. 
Como era muito baixo o grau de instrução do povo, só uma minoria podia votar e o processo eleitoral não assegurava a liberdade de escolha, principalmente pelo fato do voto ainda não ser secreto. As eleições eram manipuladas pela aristocracia, que através do "coronelismo" impunham sua vontade à população.
Portanto, essa república - conhecida como Republica Velha - continuava as mesmas práticas centralizadoras do Império, através da política dos governadores dos estados, que controlavam, de um lado, o poder local através dos coronéis, e, de outro, davam sustentação aos presidentes. 
Nesse meio tempo, o café começou a sofrer prejuízos e contrair dividas. O presidente - eleito em 1898 - Campos Sales, paulista, buscou parceria com Minas Gerais - porque possuía 37 deputados federais e era a maior bancada da Assembléia, devido a sua população - e o governador de Minas aceitou o pacto com São Paulo. Para Minas Gerais, o apoio a São Paulo garantia a nomeação dos membros da elite mineira para cargos na área federal e verbas para obras públicas, como a construção de ferrovias. Era a política do "café-com-leite". Assim, a cada quatro anos, ou um paulista ou um mineiro tornava-se presidente da República.
Em 1929 lideranças de São Paulo romperam a aliança com os mineiros e indicaram o paulista Julio Prestes como candidato à presidência da República. Em reação, o governador de Minas apoiou a candidatura oposicionista do gaúcho Getúlio Vargas. Então, disputaram o cargo, o paulista Júlio Prestes e o gaúcho Getúlio Vargas.
Prestes ganhou, mas Vargas tomou o poder.
O governo provisório de Getúlio prometeu uma nova constituição, mas nada ocorreu no primeiro ano e em São Paulo, a resistência ao governo era cada vez maior. O movimento se ampliou depois que quatro manifestantes foram mortos por policiais durante um protesto pró-constituição no dia 23 de maio - nome também de uma grande Avenida em São Paulo -.


No dia 9 de julho, o ex-candidato Júlio Prestes, com apoio do interventor de São Paulo - Pedro de Toledo - deu o estopim para a revolução. O Estado se mobilizou, milhares de pessoas tornaram-se voluntárias, São Paulo tinha 40 mil soldados, divididos em três frentes principais de combate: as fronteiras com o sul de Minas Gerais, o norte do Paraná e o Vale do Paraíba. A desigualdade entre as tropas constitucionalistas e as getulistas era grande. O governo federal fez uma campanha contra o movimento difundindo a ideia de que São Paulo queria se separar do Brasil, o que ajudou a angariar voluntários.
A intenção dos paulistas era receber apoio de setores insatisfeitos de outros Estados para conseguir uma nova Constituição. Esses movimentos, no entanto, foram rapidamente inibidos. Em 3 de outubro, as tropas se renderam após ser negociada a anistia para os soldados e o exílio para as lideranças. A revolução acabou, mas teve como resultado uma nova constituição, promulgada em 1934.
Em 1933, foram eleitos os representantes da Assembléia Constituinte, pela primeira vez, com voto feminino. Em julho de 1934, ela foi promulgada. As novidades foram, entre outras:
1 - A ampliação do princípio da igualdade perante a lei, independente de cor, sexo, idade ou classe social; 2 - voto secreto e obrigatório para todos os maiores de 18 anos; criação da Justiça do Trabalho e da Justiça Eleitoral
3- nacionalização das riquezas de solo e fontes d água
4 - proibição do trabalho infantil
5- criação da jornada de trabalho de oito horas diárias, do descanso semanal remunerado, das férias de 30 dias e da indenização para o trabalhador demitido
6- regulamentação dos sindicatos
A Constituição de 1934 durou cerca de três anos apenas, com o menor tempo de vigência no Brasil até hoje. Em 1937, alegando problemas de segurança nacional, Getúlio Vargas instala o chamado Estado Novo – Ditadura -, perseguindo inimigos políticos e abolindo as eleições, por exemplo. A nova Constituição realmente, só seria promulgada depois da saída de Getúlio e o estabelecimento de um novo governo, presidido por Eurico Gaspar Dutra.

Em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito. Seus últimos dias de governo foram marcados por forte pressão política por parte da imprensa e dos militares. A situação econômica do país gerava muito descontentamento entre a população. Em sua carta testamento ele escreveu: “Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história”.

Portanto, dia 9 de julho ficou marcada como a data que gerou uma nova Constituição, apesar de tardia e à custa de uma revolução com mais de 600 mortes paulistas e só se tornou feriado em 1997, por determinação do então governador de São Paulo, Mário Covas.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

SILVINHA ARAUJO

A vida passa mais rápido do que a gente imagina e tudo acontece num piscar de olhos. Foi ontem mesmo, minha festa de 15 anos, depois fiz dezesseis, logo em seguida, me vi fazendo back vocal para cantores nos estúdios da RCA - lá na Dona Veridiana - que hoje nem existe mais. Foi num desses trabalhos que conheci Eduardo Araújo e Silvinha. Não me lembro de uma pessoa mais doce, simpática e dona de um tremendo talento. Foi Eduardo quem levou minha primeira canção (minha e do meu irmão Milton Carlos) para Roberto Carlos. Se não fosse ele, não teríamos acesso ao rei.

Silvinha, na minha lembrança, é Silvinha loira, linda e jovem, que cantava ontem no estilo de hoje. Uma voz á frente do seu tempo, um estilo personalíssimo. Cantora, mãe e amiga, que particularmente eu acho que poderia ter tido um reconhecimento maior em relação a sua vida profissional. Mas nada é por acaso. Sua missão era exatamente essa. Tanto era que foi cumprida, finalizando dia 25 de junho.
Como espiritualista que sou, sei que a vida não termina simplesmente assim. Só o personagem é que deixa de existir, como no teatro. Silvinha como Silvinha cantora, não existe mais, mas ela, seu espírito sempre existirá e voltará ao nosso convívio inúmeras vezes, quantas ela quiser.
Um dia, nós também estaremos desse outro lado, só não sabemos quando. Pouco importa a "vida saudável", as prevenções contra essa ou aquela doença, pouco importa a religião de cada um; estaremos lá.
Tudo o que importa é a nossa bagagem. Que seja feita de fraternidade, de caridade, de amor ao próximo. Que nossa estadia por aqui deixe boas lembranças e a certeza de que de alguma forma contribuímos para a felicidade dos que ainda não cumpriram sua missão.
O tempo passa muito rápido, muito mesmo. Ontem éramos adolescentes, amanhã estaremos do outro lado e depois de amanhã, começaremos, nós todos, tudo de novo.
Boa viagem, Silvinha. Até á vista.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

JÁ OUVI ISSO ANTES...

Antes e depois que escrevi o livro "Você também faz músicas?" recebi e-mails de compositores me perguntando o que fazer caso sua canção seja plagiada. Existem vários procedimentos, inclusive o de encaminhar o caso para a justiça, entretanto e particularmente, eu mesma nunca tomei nem tomarei esse caminho. A bem da verdade; me envaidece. Juro. Já fui plagiada por pequenos e grandes autores (chiquérrimo, hein?) e algumas vezes  tão descaradamente, que me fez rir (e não é que a tal da canção genérica estourou, de novo?).
Ser copiada, plagiada, imitada, significa: Adoraram meu trabalho, a tal ponto que copiaram. Só não gosto quando atribuem a mim o que eu não fiz e descobri que não sou a única que pensa assim.
Leiam esse texto do grande Carlos Heitor Cony

HISTÓRIAS DE PLÁGIO - Carlos Heitor Cony (é dele mesmo)

Ainda não me dei ao respeito de ler a biografia do Paulo Coelho escrita pelo sempre competente Fernando Morais. Amigos que a leram me informam, alarmados, que o mago, em início de carreira, plagiou uma crônica minha para se habilitar ao emprego num jornal do Nordeste. Nada tenho contra. Lamento apenas a falta de gosto ou de informação do Paulo. Bem que poderia ter escolhido autor mais importante.Sou amigo dos dois, do biógrafo e do biografado. Lerei o livro com a unção que eles merecem. Quanto ao plágio, se verdadeiro for, é um acidente de percurso na carreira dele e na minha. Nada grave que dê para me chatear.Chato mesmo é ler na internet textos meus assinados por outros. E, pior ainda, é ler textos de outros assinados por mim. Tive há tempos uma experiência que me chateou. Estava em Paris, cobrindo a Copa do Mundo de 98, quando soube que um colunista aqui do Rio assinara duas crônicas minhas como suas. Descoberto o plágio, não por mim, mas pela Folha, o jornalista foi demitido do "JB", certamente por um motivo justo: deveria ter escolhido um autor mais ilustre para copiar.Mesmo assim -como disse- fiquei chateado por causa da demissão do colega. Quando tomei conhecimento do fato, a nossa seleção enfrentava um compromisso fora de Paris, acho que em Nantes ou em Marselha. Eu estava sem condições de interferir junto à direção do "JB" no sentido de impedir a dispensa do seu profissional.Lembro agora que o Fernando Morais me telefonou, há tempos, perguntando se sabia do plágio do Paulo Coelho. Lógico que não sabia. E, mesmo se soubesse, dava-lhe a minha bênção e aprovação. Gosto dele, é um gentleman, o sucesso internacional não o modificou, é um garoto que muito sofreu e ainda acredita no maravilhoso.
Carlos Heitor Cony (é dele mesmo)

segunda-feira, 16 de junho de 2008

CAFÉ COM LEITE CONDENSADO


"Intoxicação alimentar ocorre quando uma pessoa ingere alimentos contaminados por certas bactérias As bactérias podem estar em todo tipo de conserva em latas e vidros, principalmente vegetais com pickles, vagem, milho, cogumelos, palmitos, ervilhas, alimentos defumados com carnes, patés. Ao comprar alimentos enlatados, observe a data de validade, e condições da lata. Não compre se a lata estiver amassada ou estufada. Antes de consumir alimentos acondicionados em vidros ou latas, ferva-os por 10 minutos".

Tudo isso a gente lê, a gente sabe, mas muitas vêzes esquece. 
Não sei ao certo se foi isso, só sei que no sábado depois de tomar um café com leite condensado (e ter esquecido de lavar a lata antes) eu não fiquei nada bem. 
Domingo de manhã eu acordei com enjoo  dor de cabeça e a pressão desabando. Dormi o dia inteiro, cada vez que acordava sentia vertigem. Foi assim até de noite (não conseguia comer nada). Pensei logo em botulismo ou coisa assim, imaginei como seria recebida minha morte pelos meus amigos;
- Morreu de leite condensado!
- Logo ela, que queria emagrecer?
- Se fizesse dieta...
Querendo ou não fiquei de dieta 2 dias, com dor no estomago, dor de cabeça, dor na consciência e o sentimento de irresponsabilidade comigo mesma. Passou, melhorou, mas que serviu de lição, serviu.
E cá entre nós; Dois dias em jejum dá pra perder no minimo uns dois kilos, não?

terça-feira, 10 de junho de 2008

COMPANHIA DA BOA NOTÍCIA

O noticiário da tv virou um filme trash e daqueles da pior qualidade. 

Quanto maior o escandalo político, o assassinato, a violência, maior é a audiência. O povo está se acostumando com as más noticias se bem que, se acostumar não seja bem a palavra. Lembra da época em que as pessoas iam assistir os cristãos serem devorados pelos leões? E a multidão que brigava por um lugar para ver os guilhotinados? Pois é, nada mudou. A diferença é que agora pode-se saber e às vezes assistir tudo isso em casa, pela televisão. 
Tenho vários amigos, que não assistem mais esses famosos telejornais - depois de terem passado por insônias e pesadelos -, preferem escolher na internet, as informações que desejam . Alienados? - Pode ser, mas pelo menos estão correndo um risco muito menor de serem tragados pela política do medo.  

Haja manipulação! (não fume, não beba, não coma, beba 2 litros de água por dia, olha o colesterol, seja magro, seja magro, seja magro...)
No nosso mundo acontece de tudo, inclusive - pasmem! - as boas notícias. Essas não são divulgadas, mas existem, sim.
Acabei de receber um link para um site jornalístico inédito. É o outro lado da moeda: Companhia da boa notícia. A gente até encontra algumas noticias, que não são exatamente as melhores, mas pelo menos estamos livres de maiores traumas.
Exemplo de uma das tantas estatísticas que rolam pelo mundo e a gente nem fica sabendo (do site http://www.ciaboanoticia.com.br/ ) :

Reduzido o número de habitantes abaixo da linha de pobreza
De acordo com o relatório Desenvolvimento e Globalização: Fatos e Estatísticas, da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento, o número de habitantes dos países em desenvolvimento que vive com menos de um dólar por dia caiu de 1,25 bilhão em 1990 para 980 milhões em 2004. Na África subsaariana, a parcela da população que vive abaixo da linha da pobreza diminuiu de 46% para 41,1%. Um dos objetivos do milênio é reduzir pela metade a pobreza mundial até 2015. - 27/04/2008

E algumas curiosidades

Homem traído põe a mulher à vendaUm homem, após descobrir que estava sendo traído, pôs sua mulher à venda num site de leilões. O britânico Paul Osborn, 44 anos, disse que chegou a receber propostas de até R$ 1,6 milhões, mas decidiu retirar sua oferta depois que a cabeça esfriou. “Foi tudo num surto de raiva. Depois eu vi que não era a coisa certa a fazer.” A mulher de Osborn, Sharon, fez uma queixa policial contra o marido. - 17/05/2008
Já pensou se a moda pega?

sábado, 7 de junho de 2008

SEXY AND THE CITY- em 145 minutos


Eu também vi  assim como a maioria das mulheres que conheço (e que também não conheço). 
Não assisti a série da tv americana, só fiquei conhecendo o resumo pouco antes de entrar na sala de projeção e mesmo assim, eu a-do-rei! 
Não é preciso ter acompanhado a série pra amar o filme. E´a realidade, o dia á dia de nós, mulheres, que vivemos numa cidade como New York ou São Paulo e que no fundo temos as mesmas ambições. 
Claro, cada personalidade é uma, como no filme em que se entrelaçam as histórias de quatro mulheres diferentes entre si e no entanto, amigas e cúmplices umas das outras. Quem não têm amigas assim? Às vezes podem não ser três, mas que sejam duas ou mesmo uma, já está valendo. Daí o sucesso da série e consequentemente do filme, que até o momento superou a bilheteria de Indiana Jones (e acabou de estrear).

Direção de Michael Patrick King - que trabalhou na série original- , do livro de Candace Bushnell - os dois assinam o roteiro do filme - que certamente vai ter um segundo round, depois desse "boom". A trilha, traz Fergie, Joss Stone, Nina Simone e Jennifer Hudson (que também está no longa). 
O guarda roupa é no mínimo fantástico (embora a figurinista Patricia Fields tenha dito que não prestou atenção às marcas das roupas) com direito á Karl Lagerfeld, Zac Posen, Diane von Furstenberg, Oscar de la Renta,Vera Wang, Vivienne Westwood (um vestido inesquecível) as marcas brasileiras Alexandre Herchcovitch, D’Arouche, as jóias H. Stern e adereços de grifes não menos famosas, como Chanel, Louis Vutton, Manolo Blahnik , enfim; um colírio para os olhos, assim como alguns atores que contracenam com nossas heroínas  

A abertura é feita de takes, apresentando (pra quem não conhece) a sinopse da série. Muito comercial? Bom, a ideia é exatamente essa, sob todos os pontos de vista. Tudo está á venda; o turismo de New York, os belos apartamentos, as griffes de moda e suas tendências que provavelmente serão copiadas (a volta das ombreiras típicas do "power dress" dos anos 80 que é o caso do blazer amarelo de Thierry Mugler usado por Kim Cattrall num leilão), as músicas (já está a venda o CD da trilha do filme), etc.

O ponto chave, a cumplicidade feminina, não é novidade - já foi contado também por Almodóvar, principalmente no filme Volver -, mas é original sob outro ponto de vista; "Não é só nas dores que conhecemos nossos verdadeiros amigos, mas sobretudo nos momentos mais felizes", como me disse uma vez uma grande amiga. Em outras palavras, o sucesso continua sendo a vida (a arte imita a vida ou é a vida que imita a arte?) com todas as cores dos nossos desejos, amarguras, risos e lágrimas . Sem efeitos especias.

terça-feira, 3 de junho de 2008

AU REVOIR Yves Saint Laurent


Quando eu era adolescente, eu estudava e nas horas vagas eu fazia músicas e desenhava modelos. 
Na verdade, não fui eu quem escolheu minha profissão, foi ela quem me escolheu. Eu poderia ter me tornado uma jornalista ou uma estilista, mas afinal, me profissionalizei na música, que continua sendo um dos meus grandes amores. Entretanto e nem por isso, deixei de acompanhar as minhas duas outras opções. 
Sou viciada em noticias, textos, é a primeira coisa que busco quando acordo e não sei viver sem saber o que acontece no mundo da moda. Acompanho cada desfile, cada novidade, da mesma maneira que acompanho o que acontece no mundo da música, da literatura, do teatro, do cinema, da televisão. Domingo passado - dia 1 de junho - soubemos da partida de um grande nome do mundo da moda: Yves Saint Laurent.
Foi ele o responsável pelo smoking feminino - apresentado pela primeira vez em 1966-. Essa foi sua marca revolucionária, que a partir daí passou a constar em todos os seus desfiles. Foi no mesmo ano que ele decidiu popularizar, criando o prêt-a-porter, uma moda de bom gôsto a preços mais acessiveis.
Com a parceria de Pierre Bergé, transformou a marca YSL num ícone da moda, apresentando mais de 70 coleções e lançando uma infinidade de produtos por todas as partes do mundo.
Yves Saint Laurent se despediu do mundo da moda em 2002, com um desfile que trazia a retrospectiva dos seus 40 anos de carreira. Um grande artista, um grande visionário e diga-se de passagem, um charme, não? -
Foto de Yves Saint Laurent numa campanha para as lentes de Jeanloup Sieff.

DIREITOS AUTORAIS- NOVIDADES

Plano Nacional de Cultura aponta necessidade de revisão de lei sobre direitos autorais
Agência Brasil

Brasília - A regulação dos direitos autorais, considerando suas limitações e exceções no que se refere ao uso das novas tecnologias, é uma necessidade apontada no caderno de diretrizes do Plano Nacional de Cultura (PNC), que será lançado hoje (3), em Brasília. O texto defende uma descentralização na área, com a abertura de escritórios estaduais de registro.
O caderno de diretrizes do PNC também prevê a revisão da legislação brasileira sobre relações contratuais de direitos autorais, para equilibrar os interesses dos criadores e dos investidores e “estabelecer critérios transparentes de arrecadação e distribuição de direitos autorais no país”.
A necessidade de se fazer essa revisão também foi identificada pelos senadores da Comissão de Educação Cultura e Esportes do Senado, em audiência pública sobre a atual política de arrecadação e distribuição no país, realizada no dia 20 de maio.
“A concepção que temos trabalhado hoje no ministério é que a lei que está no Congresso não dá conta das necessidades da sociedade”, defendeu o coordenador-geral do PNC, Gustavo Vidigal, em entrevista à Agência Brasil.
“Nossa política de direito autoral que tem o seu espírito impresso na concepção do plano é uma política abrangente. Agora, inevitavelmente, essa discussão vai se intensificar neste ano e no ano que vem mais ainda. A aprovação do plano já preconiza algumas ações ou algumas novidades sobre essa nova lei de direito autoral, nesse novo ambiente que vivemos, um ambiente digitalizado, com circulação de informação muito grande. O plano já dá conta desse novo cenário”, destacou.
Questionado sobre o possível encarecimento dos livros por causa da arrecadação de direitos autorais, Vidigal disse que o Ministério da Cultura estuda formas de baratear as obras. O preço elevado das publicações em conseqüência da arrecadação de direitos autorais é uma das críticas do setor editorial, apesar de estar em vigor um decreto que isenta as livrarias e editoras de recolhimento de PIS/Pasep e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
“A lei do direito autoral dialoga com a cadeia produtiva do livro, muita gente inclusive fala que o livro encarece por causa do direito autoral. Todos os fatores que contribuem para a elevação do preço estão sendo analisados pelo ministério”, informou.
“Uma vez que a gente chegue ao consenso sobre tributação, a parte legal, nós vamos criar mecanismos para acompanhar se, de fato, a isenção fiscal contribui para o barateamento. O objetivo e a premissa de que o livro tem que ser barato estão previstos no plano [Nacional de Cultura]. A execução disso depende de outros instrumentos que o ministério já está desenvolvendo”, completou.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

LEI APROVADA!!

Acabo de saber por meu amigo Felipe Cerquize, do grupo Cardiem (que orgulhosamente faço parte), que conseguimos a aprovação por unanimidade na Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara dos Deputados, do PL2732/2008 que trata da volta da educação musical ao ensino fundamental.
Mais um ponto a favor da música, dos músicos e compositores.
Parabéns à Felipe Radicetti - Coordenador do Grupo de Articulação Parlamentar Pró-Música - parabéns à todos.

Comunicado sobre a campanha

- Acompanhamento de Proposições
PL 2732/2008 - Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica.
- 28/05/2008
Discutiram a Matéria: Dep. Jorginho Maluly (DEM-SP), Dep. Professora Raquel Teixeira (PSDB-GO), Dep. Ivan Valente (PSOL-SP), Dep. Iran Barbosa (PT-SE), Dep. Alice Portugal (PCdoB-BA), Dep. Pedro Wilson (PT-GO), Dep. Lobbe Neto (PSDB-SP) e Dep. Gastão Vieira (PMDB-MA).
- 28/05/2008
Aprovado por Unanimidade o Parecer.Matéria Agência Câmara
Comissão aprova ensino de música em educação básica
A Comissão de Educação e Cultura aprovou hoje, por unanimidade, o Projeto de Lei 2732/08, do Senado, que torna obrigatório o ensino de música na educação básica (1º e 2º graus). O relator da matéria, deputado Frank Aguiar (PTB-SP), recomendou a aprovação da medida. "Acreditar no ensino da arte musical nas escolas é um gesto de apreço ao Brasil e a toda sua tão original identidade", disse o parlamentar. A proposta altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - Lei 9.394/96), que já determina o aprendizado de arte nos ensinos fundamental e médio, mas sem especificar o conteúdo. TramitaçãoO projeto, que tramita em caráter conclusivo, será votado agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

É BOM MORAR EM SÃO PAULO?


Achei esse texto tão a minha cara que resolvi postar aqui. O texto é de Marcelo Rubens Paiva, paulistano, colunista do Estadão, filho de Rubens Paiva, que desapareceu na época da ditadura militar. Ele é autor de vários livros, entre eles "Feliz Ano Velho", publicado em 83, vencedor de vários prêmios, que virou peça de teatro e tambem filme, traduzido em diversos idiomas.
(Foto- Vista de Sampa através do Terraço Italia)






"Eu amo São Paulo. Nasci aqui, quando ela era ainda uma fria cidade organizada -o centro era no centro, nos bairros as pessoas moravam-, provinciana, de muitas casas com quintais, sua noite era do silêncio, quando havia mais praças do que avenidas e aos fins de semana não havia o que fazer. Já morei em outras cidades, até na mais linda de todas, o Rio de Janeiro. Mas sempre volto. Pior: com saudades.
Como escritor, eu poderia morar em qualquer canto bucólico do mundo, escrever diante de uma paisagem deslumbrante. Mas e se o computador der pau, quem conserta? E se der fome à noite, quem entrega comida? E se eu quiser pesquisar algo na biblioteca, terá alguma completa por perto? E se eu quiser relaxar e ver um filme de arte, terá algum cinema na região? E se eu quiser me inspirar e assistir a uma peça do Antunes? E se eu quiser voar e participar do teatro-ritual de Zé Celso? E se eu quiser dançar um determinado estilo? E onde estarão os amigos de todas as partes do Brasil? E uma padoca aberta de madrugada, quando bater a insônia? E uma festa maluca, que começa às 2h, num galpão abandonado? E quando trouxerem uma exposição sobre a China, ela estará por perto? E haverá uma feira de livros com todas as editoras representadas? Aliás, dará para eu comprar livros a qualquer hora do dia? E se eu quiser um mojito cubano? Ou o novo "The Strokes"? Ou uma raridade? E se eu estiver duro, terá uma peça do Mário Bortolotto custando R$ 1, ou um Shakespeare grátis no teatro do Sesi? E sebos com livros usados? E cursos grátis do Sesc? Posso ser ouvinte de uma boa universidade? Aparecer nas palestras do Instituto Moreira Salles?
Quem decide se mudar de São Paulo deve abrir mão de tudo isso. Olha o dilema: uma vez morando nela, consegue se livrar do que faz bem à alma? Há qualidade de vida nesse paradoxo. Há também estresse sem tantos serviços. É desesperador ter uma paisagem deslumbrante, mas o computador não ter conserto.
São Paulo não tem cara. É um caleidoscópio do caos. Por isso, fascina. Por isso, funciona. Das marginais, vê-se a cidade se acotovelar no sentido da cordilheira da avenida Paulista. Sobre ela, a indefinida cor da poluição. Lembra uma pintura de Jackson Pollock, perturbada, desordenada. Cores. Suas avenidas e ruas não seguem um padrão. Há calçadas em azul e laranja, com pedras portuguesas e de concreto. Um sobrado de cem anos é vizinho a um respirador subterrâneo e de um espigão cinza, e vêm um posto de gasolina e uma padaria com seus azulejos amarelos e um hotel em formato de melancia. Suas ruas são curvas, não fazem sentido. De repente, um túnel. Mais à frente, um elevado corta os prédios. Vêem-se, em e de suas varandas, roupas secando, crianças brincando, TVs ligadas.
São Paulo é o mundo entre seus rios. Não existe nada igual. É única e essencial. Nas calçadas, não se estranha um negro de mãos dadas com uma loira, um japonês gordo jogando dominó com um cego, um português rindo da piada de um italiano, um índio executivo de terno e gravata falando ao celular, um árabe beijando um judeu, punks lésbicas bebendo cerveja, um camelô lendo Dostoiévski, hare krishnas paquerando patricinhas no farol, um anão carregando um trombone, um malabarista cuspindo fogo, desempregados vendendo canetas coreanas. São Paulo é sua gente. Em muitos bairros, ainda se diz afetuosamente "bom dia" às manhãs. Um café com leite se chama "média". O pão é crocante e feito na hora. O sol nem nasceu. Gente voltando da balada é servida no mesmo balcão que gente indo ao trabalho. E um pastel de feira não faz mal a ninguém.
São Paulo mudou muito nas últimas décadas. São Paulo sempre muda muito. Ficou melhor e pior. Ela ganhou a violência urbana. A desigualdade nunca foi tamanha. Mas ela ganhou a Mostra de Cinema, festivais de jazz, um número enorme de casas noturnas, restaurantes e livrarias. A cada ano, teatros e cinemas são inaugurados. Institutos culturais também. E quase sempre há acesso para os deficientes.
A cidade está na rota das grandes exposições. Pina Bausch nunca deixa de se apresentar por aqui. E já vieram Nirvana, U2, até Stevie Wonder. Alguns tocam de graça no Ibirapuera domingo de manhã. Aos 15 anos, assisti a Miles Davis no Municipal. E ao balé "Sagração da Primavera" do Bolshoi. Vi Ray Charles também. Até conversei com ele no saguão do Hotel Transamérica. Conversei também com Kurt Cobain no saguão do Maksoud.
Bem, entre os passarinhos do campo, o barulho do mar, as cigarras cantando, prefiro o mundo.


Marcelo Rubens Paiva

segunda-feira, 26 de maio de 2008

TEMPO DE VOLTA




Lá pros anos 80, eu fui roubada e dentre outras coisas, me levaram um relógio de grande valor afetivo. Sabe aquele relógio que você não sai de casa, sem? Que está presente em todas as fotos, que foi testemunha de tantos fatos, etc e etc? Pois é. Foi esse mesmo que me levaram e que por anos a fio eu tentei achar - pelo menos um parecido - em todas as lojas e feiras de antiguidades, sem sucesso.
No ano passado, conheci um site onde se vende e se compra de tudo e a primeira coisa que pensei, foi: - E se eu achasse o meu relógio? Então, de vez em quando eu entrava, clicava em "relógio" e buscava. "Imagine (me diziam), um relógio roubado nos anos 80, possivelmente hoje, nem existe mais". Mesmo assim, eu continuava entrando no site, na esperança de achar (como sempre).
Sexta feira passada, pra minha surpresa, lá estava ele. Tal e qual eu o vi pela última vez. Na minha opinão é o próprio, porque nunca mais nesses 20 anos eu vi outro, da mesma marca e do mesmo modelo e quando, na época, liguei pra fabrica (olha a que ponto cheguei), me disseram que estava fora de linha de fabricação. Assim, quando na sexta feira feira eu o vi anunciado, foi como se reencontrasse um velho amigo e rápidamente eu comprei de novo (o mesmo relógio). Agora, enquanto estou esperando que ele seja entregue, penso no que ouvi outro dia a respeito do "O segredo"- Nossos desejos tomam forma, se realizam - acreditando ou não -.
Na verdade, cá entre nós, se formos falar sobre isso eu tenho mesmo mais de um exemplo pra postar aqui. Mas por hora vou ficar só com esse - do relógio - Espero postar outros. Mas de preferência que não levem mais de 20 anos pra se realizarem. Não sou do tipo que acredita em coincidências. Só em sonhos.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

MÃES E FILHOS

Há muito tempo, eu assisti um comercial em que uma mulher passeava por sua casa, olhando os quartos vazios, lembrando dos seus filhos, como um animal fêmea, procurando por seus filhotes. Talvez seja por isso que eu nunca tenha desejado ter uma cachorra.É muito triste ver uma cachorra procurando por seus filhotes que são separados dela, um a um, pra serem doados ou vendidos. E ela procura e chora, chora e procura, por dias e noites até se acostumar com a realidade. No mundo dos humanos o quadro é o mesmo e por menos que se queira pensar nesse assunto, esse dia chega pra todas as mães. É inevitável.
Então a gente olha pra aqueles quartos, antes ocupados pelas crianças e quase chega a ouvir de novo o antigo barulho, os choros, as inquietações, os risos, as brigas, as festas e a gente se pergunta; como foi que o tempo passou tão depressa assim? Por que a gente não percebeu que estava passando? Quando foi que as crianças deixaram de ser crianças? E assim como elas que choravam quando bebês, dá uma vontade louca de chorar também, mas por não poder repartir com elas essa experiência, de contar que um dia elas tambem passarão por essa mesma situação, que não queiram prender o tempo com as mãos porque é inútil, ele não se deixa prender. É o ciclo da vida. Nascer, crescer, morrer e tudo em muito pouco tempo.
Ainda não sei, se vale a pena sofrer um pouquinho todos os dias por eles, em troca desses risos, desses beijos, desse amor ou passar a vida sem saber o que é isso, mas tambem não sofrer a perda, a distancia, o outro lado da moeda. A vida nos cobra tudo. Desde as dores (ou o processo cirúrgico) em troca de um filho, até as dores emocionais, quando eles se vão. Eu sei que cada mãe é única, pensa de um jeito, sente de uma maneira, mas eu duvido que esse sentimento de perda não seja geral. Por que, somos sempre nós, mulheres, que temos que optar pela felicidade com dor ou a ausencia da dor se abrirmos mão da felicidade?

quinta-feira, 15 de maio de 2008

ALGUMA COISA ACONTECE NO MEU CORAÇÃO


Na ultima segunda, fui convidada por minha amiga Rosane, pro lançamento de um filme no bar Brahma http://www.barbrahmasp.com/web/

Foi muito melhor do que eu esperava. O lançamento do filme não foi tão importante em relação ao que nos aguardava; Um show do legendário Cauby!!

Ícone de gerações, começou a cantar nos anos 50, alcançando seu grande sucesso em 56 - Conceição (Jair Amorim/ Dunga) - . Depois de aparecer na revista norte-americana Time como o maior ídolo da canção popular brasileira, foi convidado para uma excursão aos EUA, onde gravou, com o nome de Ron Coby, um LP com a orquestra de Paul Weston. Muitos sucessos depois - quem não conhece Bolero de Satã, gravado em dueto com Elis?-, em 79 gravou um L.P. com as melhores músicas romanticas, incluindo Outra Vez - pra minha honra e alegria -. No ano seguinte, no disco Cauby, Cauby - música de Caetano Veloso - lançou também Bastidores, do Chico, feita especialmente pra ele e sucesso inesquecível.  Em 93, foi homenageado com o prêmio Sharp da música. Em 2001, o escritor Rodrigo Faour lançou o livro "Bastidores - Cauby Peixoto/50 anos da voz e do mito" (Editora Record), em comemoração aos 50 anos de carreira do cantor e sua história virou peça de teatro em 2006 - Cauby, Cauby!- com Diogo Vilella, que por sinal, criou uma interpretação irretocável.

Cantor de mil e uma facetas, numa temporada de mais de dois anos, com ingressos pra lá de concorridos, Cauby cantou e contagiou com seu vozeirão personalíssimo todo o público ali presente, que cantou com ele seus hits e não arredou pé até seu ultimo bis.
Lá pras tantas agradeceu minha presença e se desculpou por não lembrar da letra da minha canção. No problem. Ele, pode.

Foi uma honra assistir ao show de um dos maiores cantores brasileiros. Juro que eu não esperava estar lá, em plena segunda feira , cantando com ele ; "Chorei, chorei, até ficar com dó de mim e me tranquei no camarim, tomei um calmante, um excitante e um bocado de gim..."

LÍVIA!!!!


Parece que o pessoal de partida pro nosso planeta, gostou da nossa turminha aqui. Mais uma recem chegada; Livia. Chegou dia 11 as 7:18. Bem no dia das mães. Isso é que é presente, não é? Veio cheia de charme e "miados" com sua lua em leão. Mais uma pra turma. Bem vinda Lívia!!

sábado, 10 de maio de 2008

AINDA ESTOU NO CLIMA...



Talvez por causa do filme-documentário que acabei de assistir "O ultimo bandonenon", ou por saudades de Buenos Aires, ou ainda porque, tenho que confessar; Adoro Luis Miguel.
Resolvi colocar esse vídeo que na minha opinião é um escândalo.
Você não concorda?


sexta-feira, 2 de maio de 2008

ESSA É PARA O FIM DE SEMANA


"Daqui a alguns anos você estará mais arrependido pelas coisas que não fez do que pelas que fez.
Então solte as amarras.
Afaste-se do porto seguro.
Agarre o vento em suas velas.
Explore.
Sonhe.
Descubra."
(Mark Twain)

quarta-feira, 30 de abril de 2008

UM JEITO ESTUPIDO DE AMAR

Um vídeo - Show Pássaro da manhã, poema de Fauzi Arap, musica de fundo Jogo de Damas. Saudade desse tempo. Saudade dessa parceria. Belíssima interpretação, Bethânia.


quinta-feira, 24 de abril de 2008

UM BEIJO ROUBADO


Do famoso e premiado diretor Wong Kar-Wai, o filme "Um beijo roubado"( My Blueberry nights) traz em seu casting a estréia da cantora e compositora Norah Jones como atriz, que além de estar belíssima, surpreende pela interpretação, dando o tom necessário nesse trabalho poético do diretor e também co-roteirista (Wong Kar-Wai e Lawrence Block). Como sempre, o tempo é fator fundamental no cinema de Wong. Seus planos são constantemente alterados com o uso do slow ou através da aceleração da velocidade das imagens.
Curiosidade: O filme, seu primeiro em inglês, é uma refilmagem de um curta do próprio Wong Kar-Wai.
A história centralizada em Nova Yorque interage com outras histórias, pelo interior dos EUA, tendo por fio condutor dos personagens centrais, apenas as confidencias sem remetente, através de cartões postais.
Mais do que uma história de amor, ao som da própria Jones, Cat Power, Ottis Redding , Cassandra Wilson, a direção da trilha de Ry Cooder - o que na minha opinião, já vale o filme -explica ainda melhor o sentimento contado na tela e bem resolvido na evolução da história. São várias faces do amor dentro de uma história de amor, funcionando como espelho para a personagem central, dentro de um roteiro sem a preocupação de drogas, diferenças socias, violencia ou problemas sexuais.
O assunto é simplesmente o amor, que até mesmo por sua simplicidade, não deixa de ser um assunto complicado. E´filme pra ver, rever e guardar na lembrança, como chaves guardadas que contam histórias.

terça-feira, 22 de abril de 2008

A CARA DO PAÍS

Na coluna de Bianca Kleinpaul no jornal O globo do mês passado, durante a comemoração de 2 milhões de espectadores para o filme "Meu nome não é Johnny", o diretor Mauro Lima, questionado sobre a possível carreira internacional do filme, respondeu que "Meu nome não é Johnny" está inscrito em alguns festivais, mas não há nenhum distribuidor interessado em lançar a produção lá fora. 

Em poucas palavras, deixou claro que os distribuidores estrangeiros continuam interessados apenas, no retrato que eles ainda fazem do Brasil; Favelas, criancinhas nordestinas, violência em morro ou violência da ditadura . Não interessa às distribuidoras mostrar por exemplo, uma história urbana com jovens desajustados de classe média, mesmo que esse filme tenha conseguido levar dois milhões de pessoas ao cinema.

Isso acontece também no plano musical. Hoje em dia, as majors (gravadoras multinacionais) investem em produtos de qualidade duvidosa (com raríssimas exceções) , por acreditarem que no nosso país não existe cultura suficiente, para consumir melhores produtos . Foi assim, que surgiram os selos independentes, que de maneira praticamente artesanal, começam a aparecer cada dia com mais força dentro do nosso mercado e sem o ranço das majors, que quanto mais investem em músicas de segunda categoria, mais entram em prejuízos  devido a pirataria que lucra, sem impostos, o resultado da mídia paga pelas próprias multinacionais.
Seria mais do que interessante mudar a imagem de um país que todos os dias muda de cara, por inúmeras razões, entre elas, a arte de maneira geral e suas consequências  Mas será que isso seria interessante também, para outros setores do país? Fica aí a dúvida.

MÚSICAS NA WEB

Apesar de todo o avanço brasileiro em relação a informática, continuamos sem os direitos autorais sobre músicas executadas por rádios Web. Isso porque a lei 9.610/98, que regula os direitos autorais no Brasil, não é específica sobre o webcasting. O Ecad que é o responsável pela cobrança de direitos sobre execuções públicas de músicas, diz que o sexto parágrafo do artigo 5º da Lei de Direitos Autorais (a difusão de sons ou de sons e imagens, por meio de ondas radioelétricas; sinais de satélite; fio, cabo ou outro condutor; meios óticos ou qualquer outro processo eletromagnético) é claro, em relação a qualquer meio de reprodução, portanto, é legitimo, o pagamento do direito de execução inclusive em radios Web. Entretanto, existem especialistas que defendem que não há como certificar, juridicamente, que o webcasting se trata de uma execução pública e daí a cobrança dos direitos.
A fórmula de arrecadação do Ecad para uma rádio Internet com fins comerciais prevê que 7,5% da receita arrecadada, seja retida para o pagamento de direitos autorais, que deve ser no mínimo de 50 UDAs - Unidades de Direito Autoral, uma moeda da entidade - o que equivale a R$ 1.760.
Há quem diga, que a execução de músicas na Web, nada mais é que divulgação da obra e do artista- esse é o argumento do nosso ministro - portanto, não deveria ser pago. Sendo assim, não haveria tambem uma razão pra que fossem pagos os direitos de execução de uma radio convencional, de uma casa noturna, cinema, etc. Não haveria mais ECAD - Pra que? - Tudo seria considerado "divulgação"e os autores deixariam de receber seus direitos de execução, assim como não seriam pagos também os direitos convexos da obra.
Nesse momento, em que receber direitos autorais sobre vendas de CDs está bastante complicado, em razão da pirataria e downloads não pagos, imagino que se abrir mão também dos direitos de execução seria no minimo catastrófico, para os autores que ainda sobrevivem de música num país que tão pouco se importa com a arte musical.
Ao contrário dos EUA, que têm uma lei específica para tratar da arrecadação de direitos autorais sobre a transmissão de músicas da maneira convencional, por satélite ou pela Web.
Segundo o Ecad, o contato com os sites que têm rádios Web é feito de muitas maneiras. "Há emprêsas que nos procuram para fazer um acordo sobre o pagamento, outras nós entramos em contato e começamos a discutir a cobrança, mas sempre de uma maneira amistosa."
Em resumo; por mais que isso exija por hora, uma certa dose de paciencia de todos nós, é bom saber que existe mais uma mídia, além de radio, televisão, cinema e casas de espetáculo e que mais dia ou menos dia, esses direitos serão oficialmente pagos (a exemplo do que acontece nos EUA).
Resta saber quando é que vão tocar músicas brasileiras no Brasil, no lugar das estrangeiras. Mas isso já é uma outra história que fica para uma outra vez....

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Carlos Reichenbach

Não é todo dia que a gente recebe um email de alguém tão importante como Carlos Reichenbach e mais ainda; publicação no seu blog, da resposta ao seu email. Foi isso que aconteceu comigo e nem precisaria dizer que eu ganhei o dia!
Eu era fã desse moço e nem sabia que ele gostava das minhas músicas. Agora fiquei mais fã ainda. Principalmente depois de ler alguns artigos seus, colocados no blog http://redutodocomodoro.zip.net/ Imperdível. Quem, como eu, é apaixonado por cinema, vai se deliciar.
Aproveito pra lembrar que Falsa Loura entrou em cartaz hoje nas salas do Rio e São Paulo com Rosanne Mulholland, Cauã Reymond, Maurício Mattar, Suzana Alves (que está muito bem, aliás) e todo o elenco. Se você estiver em São Paulo, uma sugestão; Vá assistir lá no Reserva Cultural, daí você pode tomar um café (se quiser fumar, também pode) Que tal ?

terça-feira, 15 de abril de 2008

ONCE MORE, ONCE AGAIN

Recebi um email super simpatico do Leonardo Souza que colocou no seu blog, referências sobre a música Outra Vez e teve todo um trabalho para traduzir a letra para o inglês. Essa canção já foi lançada em inglês por Damaris Carbough, quando fez parte da trilha da novela "Livre pra Voar, embora a versão não tenha sido fiel a letra original. O Leonardo usou de maior fidelidade, apesar de não ter sido uma versão, mas uma livre tradução. Bacana. Ele tem um blog dedicado ao significado de cada música, muito interessante. Apareçam por lá. Beijos, Léo. http://letrasesignificados.blogspot.com/2008/04/outra-vez-isolda.html

MENSAGEM PRA VOCÊ

Video da minha amiga Joanna cantando com Biagio Antonucci uma música de Antonucci que na versão brasileira, recebeu o nome de Mensagem pra você. Se você é romantico, vai gostar... 




domingo, 13 de abril de 2008

FALSA LOURA



Outro filme, outra música minha na trilha.

Dessa vez, no filme do grande Carlos Reichenbach

"Falsa Loura".

A música é "Elas por Elas", minha e de Milton Carlos,

muito bem interpretada por Mauricio Mattar.

Hoje foi só pré-estréia.

Mas já está entrando rapidinho nas telas dos cinemas.

Eu adorei. Mas sou suspeita em dizer.

Boa sorte pra todos.
Confira o trailler

quinta-feira, 10 de abril de 2008

TEOVISION


Ontem, gravei um programa de TV muito interessante, onde a apresentadora é mãe do diretor do programa , a filha assistente de direção e por aí vai. Isso que eu chamo de um programa familiar. Adorei. Todo mundo que estava lá, se sentia meio que visita na casa deles, com direito a um excelente jantar, devidas apresentações (eram várias mesas com garçons gentilíssimos  sempre a postos) e a assistir ao vivo a gravação desse inusitado programa. Nunca me senti tão "em casa" fazendo um programa de TV. Sem estresse, sem correrias, apesar de líder de audiencia na região de Guarulhos, Mogi, com um perfil de mais de 300.000 telespectadores.
No final do programa, não podia faltar a sessão de fotos, o que às vezes é meio mico, mas que devido ao clima geral, só rendeu boas risadas e novas amizades instantâneas...
Só testemunhando "in loco" que a gente chega a conclusão que pra se fazer um trabalho bem feito, não é preciso surtar, é só relaxar e curtir. Sempre dá certo.
Valeu, Malvina Russo.- Foto da apresentadora Malvina Russo -.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Sarah


Mais uma integrante da familia que acaba de chegar no ultimo dia 13.
Com sua devida história particular. De onde vem? O que já viveu? Provavelmente já nos vimos, só não lembramos de onde, nem quando. Mas ainda temos outra chance para nos ver mais um pouco e viver mais um pouco em papéis certamente diferentes. Quantas experiências você vai passar, quantas vezes vai sorrir de felicidade e quantas lágrimas vai conhecer...
Tão pequena e com tantas histórias passadas e futuras. Eu olho pra você e tenho saudades. Do que? Não sei. Só espero do fundo do coração que apesar desse mundo não ser exatamente bom o bastante para garantir sua felicidade, você cumpra a missão que prometeu cumprir, com toda a honestidade, poesia, verdade e amor.
Bem vinda Sarah

domingo, 2 de março de 2008

Y VUELVEN LOS DIAS...


E você volta, como voltam os dias
Tão previsivelmente imprevisível
Ainda mais próximo e mais sensivel
Me cativando em suas ironias
E com você voltam a alegria e o mêdo
O que é que você tem que eu não esqueço?
Tantos amores... Já virei do avêsso
A mente, o coração, não muda o enrêdo
Mais menos dia e você me chama
Dono dos sonhos meus e pesadêlos
Das minhas lágrimas, mãos e cabelos
Da minha antiga alma que te ama
Ah, você volta e de volta você,
Meus argumentos perdem seu sustento
Seus olhos lêem o meu pensamento
E eu me perco pra não te perder
Voltas e voltas, tudo acaba em ida
Nenhum de nós escreve esse final
Tanta vontade e mêdo... Tanto mal
Você, é você demais pra minha vida

Isolda

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

MUDAR DE CARA

Outro dia recebi uma mensagem de alguem que me perguntava " ... que elementos tem que ter uma música para ser, Pagode, Rock, Samba, Axé, Sertanejo, Rock Progressivo, etc, ou qualquer música? "
Na minha opinião, a música começa com o ritmo, (Pagode, Rock, Samba, Axé, Sertanejo, Rock Progressivo, etc). Partindo daí, a gente passa para a harmonia musical, que vai de encontro ao ritmo, claro. Como fazer um pagode com frases musicais dissonantes? Como fazer uma bossa com acordes simplificados? Fica estranho. Cada estilo de música pertence a um grupo e cada grupo tem suas peculiaridades.
" Pode se transformar um rock em uma canção?" - Até pode, mas nessa mudança óbviamente, preserva-se a melodia, mas não os acordes. Os acordes de um rock em sua maioria são diferentes de uma balada. Assim como os acordes de uma baladas são diferentes dos acordes de um samba. Dá pra revestir a música de uma outra maneira e muitas vêzes fica bem interessante, mas tudo tem que ser mudado, versionado para o outro estilo.
Existe um artigo no código de direito autoral dizendo que não é admissivel descaracterizar uma canção a não ser que os autores concordem. Como autora, pessoalmente eu não gostaria de ver minha canção ser totalmente transformada, como quem fez uma cirurgia plástica e virou outra pessoa... Se gostasse, teria feito desse jeito. Valeu, pra você?

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Borges


Um pouco do grande J. L. Borges pra refletir nesta sexta...
"Porque cada persona que pasa en nuestra vida es única. Siempre deja un poco de si y se lleva un poco de nosotros. Habrá los que se llevarán mucho, pero no habrá de los que no nos dejarán nada. Esta es la mayor responsabilidad de nuestra vida y la prueba evidente de que dos almas no se encuentran por casualidad".

(Porque cada pessoa que passa por nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.Haverá os que levaram muito, porém não haverá aquêles que nada levaram. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e prova evidente de que duas almas não se encontram por casualidade)

sábado, 16 de fevereiro de 2008

ENTREVISTA ON LINE

Mais um site em homenagem ao Roberto, mais uma entrevista dada. Muito simpático o site e o responsável por êle, o Felipe. O tempo passa e o nosso "rei" continua tão amado como antes (ou mais). Depois dizem que o povo brasileiro esquece dos seus ídolos. Depende do ídolo; rei que é rei nunca perde a majestade (essa é antiga, hein?). Já tá no ar http://www.reyrobertocarlos.blogspot.com/

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Henri Salvador

Ontem, dia 13, Henri Salvador cumpriu sua bela missão por aqui. Foram 90 anos que esse canceriano de 18 de julho viveu na Terra, compondo e gravando canções, de diversos estilos como Dans mon Ile - que segundo consta, foi fonte de inspiração para Tom Jobin -e em troca regravou "Eu sei que vou te amar" na versão francesa "Tu sais je vais t'aimer". 

Nascido na Guiana Francesa em 37, se mudou para a França com 12 anos e foi o primeiro artista a gravar temas de rock'n'roll na França, escritos sob o pseudônimo de Henry Cording, e em parceria com dois artistas importantes: Boris Vian e Michel Legrand. 

Quem diria que alguém chegaria ao máximo do sucesso aos 60 anos de idade? Aqui na América do Sul, é um fato improvável, mas lá no velho continente parece que não. Foi o que aconteceu com ele, que nos deixou belas canções além do seu comprovado amor pelo Brasil, onde morou por 4 anos na época da guerra. 

Não consigo ficar triste por ele ter partido, só posso aplaudir. Toda a sua vida correu atrás do reconhecimento e não importa quando, ele finalmente conseguiu e partiu consciente da missão cumprida. Parabéns. Bravo! 

Aqui no Brasil, a gente não tem mais acesso ás informações culturais da Europa, como tínhamos nos anos 60. A mídia é americana, lembra? Nessa, a gente está perdendo coisas importantes e que nos seriam extremamente úteis e eles continuam achando que Garota de Ipanema é nosso único sucesso, que todos moramos em favelas e que o Rio de Janeiro continua lindo. Cadê a globalização?
Boa viagem Henri Salvador, acho que você não está perdendo grande coisa...