sábado, 27 de agosto de 2011

Corinne Bailey Rae

Dizem que quando as pessoas estão meio fora do ar, devido a anestesias ou qualquer outra coisa assim, se voltam para o tempo mais feliz das suas vidas.

Se me perguntassem qual foi o tempo mais feliz da minha vida, eu diria que foi logo depois da minha separação, quando as crianças eram pequenas e eu batalhava sozinha pra criar meus filhos e viviamos todos em total harmonia. Na época, eu me propus a não assisitir jornais, ignorar problemas sociais ou politicos e meu interesse era exclusivamente musical e o bem estar das crianças.

Fiquei sem namorado um bom tempo, o que contribuiu para a ausencia de conflitos emocionais. Viajavamos nas férias, conversavamos muito e eramos um grupo unido, aliás como somos até hoje.

Acho que essa foi a melhor base que eu poderia dar e me dar tambem. O carinho, a cumplicidade. Coisa que me faltou na infancia.

Hoje, em meio a turbilhões de problemas profissionais e pessoais as lembranças voltam como um refugio e as vezes, uma canção, sem razão alguma lava a alma como se exorcizasse fantasmas e confirmasse que a vida sempre vale a pena.

Foi assim, ontem à tarde. Uma cantora que eu nem conhecia, uma musica que me tocou tão profundamente como uma brisa de sol depois da tempestade.

Valeu. Muito prazer, Corinne Bailey Rae.