terça-feira, 28 de abril de 2009

JOHNNY EM PARIS




De 29 de abril a 12 de maio, Paris presta homenagem ao cinema brasileiro, celebrando tambem os 50 anos da bossa nova. Foram escolhidos 30 filmes para serem exibidos na ocasião e dentre eles “Meu nome não é Johnny”- ganhador da melhor trilha sonora original (que inclui a canção “Outra Vez”) no Premio Vivo do Cinema Brasileiro, alem de outros prêmios - .
Só assim e finalmente os franceses vão ouvir minha canção.
Ela já foi regravada em inglês, italiano, espanhol, mas nunca em francês – ironicamente, uma vez que tenho descendencia francesa -. Será que vai ser dessa vez?
Todo mundo tem um sonho, o meu é esse. A maioria dos sonhos se realizam, já disseram mesmo que “sonho é destino” – verdade – mas esse...
Pela excelente qualidade do filme, estou muito contente que ele tambem estará lá. A arte brasileira será mais uma vez lembrada através do cinema e da musica e eu espero, de todo o coração, que eles percebam que a gente por aqui continua compondo, mesmo muito depois de “Garota de Ipanema”.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

BENJAMIN - UM CONTO DE FADAS

Assim como existe um lado psicológico-didático em cada conto de fadas e por isso mesmo, passado de gerações a gerações, pelo mundo inteiro, existem contos menos conhecidos incluídos nesse perfil. É o caso de “Eduardo mãos de tesoura” – o menino quase humano que não sabia o que fazer com sua criatividade, “O retrato de Dorian Gray” – seu retrato envelheceu e ele não e “O Curioso caso de Benjamim Button” – que vivia o tempo ao contrário-. São nossos contos de fadas contemporâneos.
Só ontem pude assistir “The Curious Case of Benjamin Button” - do conto de F. Scott Fitzgeral -baseado na famosa frase de Mark Twain: "A vida seria infinitamente mais feliz se pudéssemos nascer aos 80 anos e gradualmente chegar aos 18". Mas, cá entre nós; - Seria mesmo?
A impressão que ficou foi de ter “assistido” um poema. Um filme para sentir e refletir sobre os nossos confusos valores morais atuais. O que é a vida, senão um curto espaço de tempo? O que fazer com o tema da nossa história? Que diferença faz para os nossos sentimentos, a nossa idade cronológica? Essas e outras questões são colocadas de maneira delicada e terna, tendo como assunto principal o perdão e a desmistificação do tempo.
Desde o inicio onde um relojoeiro cego, inventa um relógio que trabalha ao inverso, na esperança de ver seu filho, morto na guerra, voltar pra casa, até o final subjetivo e ao mesmo tempo lógico.
Uma história de amor humana e fantástica. Como a vida.
Trilha sonora de Alexandre Desplat. Comovente.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

ALEGRIA CONTAGIA


Feriado prolongado e eu não viajei. Sampa nos feriados é ainda mais bonita, com muitos programas interessantes, dependendo do gôsto de cada um. A foto ao lado é dos jardins do Museu do Ipiranga, onde encontrei toda uma familia de miquinhos.
Visitando outros blogs, achei essa postagem no blog “Companhia da boa noticia” . Faz muito sentido, não?

“Depois de demonstrar que a obesidade e o tabagismo se espalham em redes de relacionamentos, os pesquisadores Nicholas Christakis e James Fowler revelaram no British Medical Journal que, quanto maior o número de pessoas felizes com que você se relaciona, mais provável é que você também fique feliz. Eles descobriram que pessoas com as maiores redes de contatos sociais – amigos, cônjuges, vizinhos, parentes - eram também as mais felizes. "É um tecido de humanidade; uma colcha de retalhos: sua felicidade depende do que está acontecendo nos retalhos próximos a você. Não é só o fato de pessoas felizes conectando-se a outras pessoas felizes. Acima de tudo, há um processo contagioso acontecendo. E a “alegria contagia mais que a tristeza”, explicam. A pesquisa mostra inclusive a probabilidade de se "contagiar". Por exemplo, se um contato social é alegre, sua chance é de 15%. Se for amigo de amigo, ou amigo do cônjuge ou irmão, a chance é de 10%. Mas, cada amigo triste aumenta sua chance de ser infeliz em 7%. A pesquisa também se relaciona com outro estudo sugerindo, em 1984, que 5.000 dólares extras na renda aumentavam em 2% as chances das pessoas serem felizes. Assim, um amigo feliz equivale a aproximadamente 20.000 dólares, afirma o pesquisador.”

domingo, 19 de abril de 2009

LOOK OF LOVE

Que somem os problemas, as contas, os compromissos
Que instituam mais regras, proibições e cobranças
Que me maldigam os amigos, inimigos, conhecidos
Que me desprezem os chatos, que me roubem os corruptos
Que o mundo vire do avesso, do avesso do meu avesso
Que emudeçam os ouvidos e adormeçam os sentidos
Que desafinem a canção e atropelem a poesia
Que deletem a dialética e amarrotem o passado
Nada vai mudar o fato, dos fatos que eu vivi
Nada vai quebrar o encanto dos encantos que senti
Dos amores que me amaram, dos amantes que amei
Das paixões que não passaram, dos olhares que conheci...

sábado, 11 de abril de 2009

BOA PÁSCOA!


Parece que só mesmo agora, depois da semana santa, que nosso ano realmente começa – até que enfim! – e pra ilustrar, uma citação, que na minha opinião, tem tudo a ver com esse momento – Renascimento –Essa não é só pra refletir, mas pra nunca esquecer:
“Possuímos em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea. Os espíritos protetores nos ajudam com os seus conselhos, através da voz da consciência, que fazem falar em nosso íntimo - mas como nem sempre lhes damos a necessária importância, oferecem-nos outros mais diretos, servindo-se das pessoas que nos cercam." (Allan Kardec)”
Boa Páscoa!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

ILEGAL, IMORAL OU ENGORDA

Por 69 a 18, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou na noite de terça-feira (7) o projeto de lei antifumo do governador José Serra (PSDB), que proíbe o consumo de cigarro e similares em recintos coletivos do Estado de São Paulo.
Relacionado á isso, achei um tópico muito interessante na comunidade “Psicanalise de Freud a Lacan” que tem 28 mil membros. Resumi a discussão pra postar aqui porque, diga-se de passagem; - Eu concordo.
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”Uma cena do filme “A guerra dos Roses”
Num determinado momento, o advogado do casal, Danny de Vito, quebra um objeto lacrado onde guarda um cigarro que ele mantinha em caso de emergência. A mulher do seu amigo ( Michael Douglas) a Kathleen Turner tentou seduzir o Danny, ele negou fogo. Daí ela sai , ele aflito vai lá e pega o cigarro... “ uma cena genial” pois na realidade ocorre isto mesmo.
Num mundo poluído como o nosso, parece que sobrou pro fumante pagar a conta. Alguem tem que pagar, não é? As vezes parece que é mais fácil responsabilizar os fumantes pela “destruição em massa dos pulmões da humanidade” do que trabalhar pelo controle da poluição. Será mesmo que um fumante (num espaço amplo, em área reservada) incomoda mais do que aquele maldito escapamento de ônibus bem na sua cara? Mais do que todos os veículos na hora do rush? Mais do que as industrias e todo lixo urbano e industrial que vive por aí? Mais fácil culpar o fumante.
Li num livro chamado “Fumar faz bem pra você” a teoria do autor. - O aumento dos casos de câncer e doenças respiratórias precisava ter uma explicação. E é claro que ninguém vai responsabilizar a “revolução industrial”. É preferível achar um culpado dentro de casa. “Você fumou? Ah, ta explicada a sua tosse. Não fumou? Ah, alguém fumou perto de você - . Há pouco tempo, falando com meu médico homeopata (não fumante) eu falava sobre isso e perguntei a ele se realmente eu usava uma arma de destruição em massa, condenando a morte todos que se aproximasse da minha fumaça letal. Concordamos que há malefícios, mas há também muita paranóia.
Certa vez, na Disney, próximo a um banheiro havia uns bancos, isto ao ar livre, sentei lá e comecei a fumar, chegou uma policial daquelas bem negras e grandonas e me mandou apagar o cigarro, eu apenas questionei que eu estava ao ar livre e não existia placas proibindo fumar naquele local.Ela gritou, mandou apagar o cigarro caso contrario iria me expulsar do parque.Ok, ok, eu disse...Apaguei, mas disse que antes eu tinha passado numa área de fumantes, onde lá estavam varias mães com bebes sentadas dando de mamar na área dos FUMANTES, então resolvi não fumar lá e somente o fiz aqui porque notei que aqui eu não iria incomodar ninguém .Ela "mandou" voltar lá, e fumar somente lá. Isto é um problema público ou de direitos?
Um amigo meu aqui no Brasil resolveu parar de fumar, 5 dias depois morreu...Saiu as 5 da manhã de sua fazenda pegou a Castelo Branco adormeceu no volante e entrou debaixo de um caminhão.
A pergunta é: Caso ele ainda fumasse aquele cigarrinho na estrada acha que ele iria pegar no sono logo de manhã?
Eu vivi numa época onde as pessoas eram felizes porque fumavam, adoravam fumar, e isto era muito agradável. Ora bolas, uma obra prima do cinema “Casa Blanca”, Humphrey Bogart e Ingrid Bergman não fumavam? Qualquer filme, qualquer cena, tinha um cara ou mulher fumando. Pergunte a qualquer fumante: Depois de uma bela transa o que ele faz? Tem coisa melhor?
Quem mora aqui em SP próximo a esses rios que cruzam nossa cidade, sabe bem a qualidade do ar que respira. A maioria das pessoas que mora próxima a estes rios está sempre doente. O cigarro é o de menos, mas e o ar?
O caso é; as escolhas que fazemos. Mas deveríamos pelo menos ter o direito de escolher como iremos viver neste planeta. Sabemos que comer doces pode fazer mal, beber faz mal, alias tudo que é bom ou é proibido ou engorda... Porem, sabemos tambem, que quando fazemos uma escolha estamos renunciando a algo"

Depois de todo esse discurso, e pra terminar, um pensamento de Mário Quintana
“Desconfia dos que não fumam, eles não sabem suspirar”
Video de Tom com Sinatra. Sinatra nasceu em 1915 e morreu em 1998 (não foi de cancer)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

GEORGE SAND

Uma frase interessante da imortal escritora francesa Amandine Aurore Lucile Dupin, mais conhecida por seu pseudonimo - George Sand-
"Nunca as mulheres são tão fortes do que quando se armam com as suas fraquezas".

quarta-feira, 1 de abril de 2009

JULIA BOURDOT

Como diz a música “Encontros e despedidas” - Milton Nascimento e Fernando Brant- :

São só dois lados da mesma viagem
O trem que chega é o mesmo trem da partida
A hora do encontro é também, despedida
A plataforma dessa estação é a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida...

Chegou dia 27 de março, as 13,43hs, ariana com ascendente em cancer, a mais nova integrante da turma (via Dudu).
Com cara de oriental ou indigena? Não importa. Ela é ela: Única e encantadora. E a familia está literalmente “babando”. Bem vinda Julia (Juju para os íntimos). Boa sorte nessa nova aventura.
Que sua estadia seja longa e muito, muito feliz.

UMA GRANDE TRILHA SONORA - M JARRE

Dizem que existe um lugar no espaço, onde os compositores se encontram, depois dessa missão na Terra, uma vez que os encontros acontecem por afinidade. Se for assim, acaba de chegar mais um convidado especial para essa reunião musical.
Domingo passado, dia 29, o mundo se despediu de Maurice Jarre. Autor de inúmeras trilhas, como "Lawrence da Arábia" (1962), "Doutor Jivago" (1965 - o famoso "Tema de Lara"), "Passagem para a Índia", (1984) e outras. Maurice Jarre (pai de Jean-Michel Jarre) nasceu em 13 de setembro de 1924 em Lyon, na França, e compôs mais de 160 partituras cinematográficas para grandes diretores como John Frankenheimer, Alfred Hitchcock, John Huston, Luchino Visconti e Peter Weir. Foi vencedor de três Oscars, quatro Globos de Ouros, dois BAFTA, GRAMMY, ASCAP.
Jarre tornou-se diretor musical do Théâtre National Populaire da França em 1950 e compôs músicas para mais de 70 peças teatrais antes de trabalhar para o cinema, onde estreou em 1952 com "Hôtel des Invalides" de George Franju.
Gostava de utilizar muita percussão em suas trilhas, chegando a incluir instrumentos étnicos como a cítara em "Lawrence da Arábia", e a fujara em "A Tin Tambor". Nos anos 80 incluiu arranjos eletrônicos em sua música, e chegou a compor uma trilha totalmente eletrônica para o filme "The Year of Living Dangerously" (O ano em que vivemos em Perigo). Entre suas composições se incluem, também, as trilhas sonoras de filmes como "Ghost", "O Homem Que Queria Ser Rei" e "Sociedade dos Poetas Mortos".
Recebeu recentemente o Urso de Ouro honorífico do Festival de Cinema de Berlim e o título de oficial da Legião de Honra Francesa por sua contribuição à cultura, destacando-o como um dos compositores "mais importantes e ao mesmo tempo mais populares" da história do cinema.
Ele partiu aos 84 anos da Califórnia, onde morava há décadas e nos deixou, além de toda essa maravilhosa obra, uma grande frase; "Toda a minha vida foi uma grande trilha sonora. Música foi minha vida, música me deu vida e como música eu serei lembrado muito depois de deixar esta vida."Algumas, das tantas musicas eternizadas por você, Maurice. Bravo et bon voyage!