sexta-feira, 8 de julho de 2011

A MAGIA DA MEIA NOITE

Tantas vezes a gente diz ou ouve dizer – “Ah, antigamente...” ou “No meu tempo”... Como se tudo que se refira ao passado fosse melhor. Será mesmo?

Os saudosistas que me perdoem, mas o encanto existe em todas as épocas.

Apesar de tudo que esteja acontecendo em termos musicais, por exemplo, meu avô (também compositor) não tinha acesso aos seus direitos autorais, coisa que eu tive e tenho e morreu por não existir na época, um simples antibiótico. E isso é só um detalhe. Violência urbana? Ela sempre existiu, com menos divulgação, porém, que nos dias de hoje ou esquecemos da violentíssima época medieval?

Divórcio, há cem anos (até menos do que isso) era sinônimo de humilhação social para a mulher, que feliz ou infeliz, devia suportar o marido até “que a morte os separasse”. Isso era “naquele tempo”. E o tal romantismo tão propagado, será que pertence mesmo, única e exclusivamente aos tempos passados? Como diz a letra da canção “AS TIME GOES BY” do filme Casablanca; “um beijo será sempre um beijo, enquanto houver um casal apaixonado...”

É exatamente disso, que trata o filme “Meia noite em Paris”, que acabei de ver e me deliciar com a deslumbrante fotografia, trilha de primeira – como sempre em filmes Woody Allen – e atores como; Tom Hiddleston, Rachel McAdams- Marion Cotillard- Kathy Bates e mesmo Carla Bruni como participação.

Só pra se ter uma ideia, quando o filme terminou, teve quem aplaudisse (incluindo eu), impregnados que estávamos da emoção final, que ao som das 12 badaladas de Paris, respondeu a todas as dúvidas de quem ainda tivesse – Você gostaria de viver numa outra época da humanidade?