sábado, 19 de julho de 2008

HAPPY END CLOCK...

...ops, me perguntaram o final da história do relógio. 
Ele chegou, sim e eu continuo desconfiada que era mesmo o meu (com nova pulseira, mas da mesma marca). Pra saber com certeza eu teria que procurar desde a loja onde comprei pela primeira vez, ou a fabrica, etc. 
Pelo sim, pelo não, resolvi deixar como está e acreditar que ele é o meu , que perdi e agora reencontrei. Happy end.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

DUSSEK DE QUARTA


De repente, Eduardo Dussek chegou de Curitiba pra fazer um show no bar Brahma, na quarta passada – 9 de julho - e me ligou. Imagine se eu iria perder essa...

Dussek pode fazer – se ele quiser – o mesmo show, mil vezes e sempre será diferente. Não adianta ele dizer que seu show é um improviso devidamente ensaiado. São duas horas de surpreendentes curiosidades e altíssimo astral (um amigo meu disse que se curou da gripe, depois do seu show).
Brincadeiras á parte, foi muito bom ouvir de novo suas canções e também a interpretação que só ele daria pra minha canção.

Lá pras tantas (a casa lotada), Cauby Peixoto que estava na platéia, concordou em dar uma “canja”, cantando uma canção de Dussek, com ele. Imperdível.
Canções como “Brega e Chique (Doméstica)”, “Aventura”, “Cabelos Negros”, “Cantando no banheiro” são eternas. Principalmente na interpretação de um artista com pleno domínio da sua platéia a ponto de conseguir com que no “Rock da cachorra”, toda a platéia "latisse" junto com ele.
Um artista assim completo – cantor, ator, escritor, compositor, pianista – não é comum no nosso país. Inteligente, elegante, educado e ainda por cima bonito.
Eu me sinto previlegiada por ter um parceiro desse porte. Fizemos juntos várias canções (Sou eu, Quem é você, Música e Letra, etc.) e se Deus quiser faremos outras mais. Nossa parceria sempre deu sorte; música-tema de shows, de novelas, gravadas por excelentes intérpretes, incluindo ele mesmo.
Dussek deve ficar no mínimo um mês no Bar Brahma, todas as quartas, às 22hs. Se eu fosse você iria lá pra conferir. Ele é no mínimo, o máximo. - Foto -  no camarim depois do show; Malcolm Forest, Dussek e eu

quarta-feira, 9 de julho de 2008

DIA 9 DE JULHO - FERIADO PAULISTA


Dia 9 de Julho alem de ser feriado, é nome de uma grande Avenida em São Paulo, mas muita gente não sabe o que significa. Vamos lá. Um pouco de História:

Com o golpe militar que deportou D, Pedro II em 15 de novembro de 1889, o Brasil se tornou uma República Federativa. Houve a adesão de antigos monarquistas ao sistema republicano de governo e o poder estava nas mãos dos grandes proprietários.
Durante a segunda metade do século XIX, São Paulo não somente enriqueceu devido à expansão cafeeira, como também adotou modelos mais liberais em relação a outras províncias se tornando o maior poder brasileiro. Na época, as mulheres não tinham direito ao voto, esse direito estava também condicionado à pessoa ter determinada renda, e saber ler e escrever. 
Como era muito baixo o grau de instrução do povo, só uma minoria podia votar e o processo eleitoral não assegurava a liberdade de escolha, principalmente pelo fato do voto ainda não ser secreto. As eleições eram manipuladas pela aristocracia, que através do "coronelismo" impunham sua vontade à população.
Portanto, essa república - conhecida como Republica Velha - continuava as mesmas práticas centralizadoras do Império, através da política dos governadores dos estados, que controlavam, de um lado, o poder local através dos coronéis, e, de outro, davam sustentação aos presidentes. 
Nesse meio tempo, o café começou a sofrer prejuízos e contrair dividas. O presidente - eleito em 1898 - Campos Sales, paulista, buscou parceria com Minas Gerais - porque possuía 37 deputados federais e era a maior bancada da Assembléia, devido a sua população - e o governador de Minas aceitou o pacto com São Paulo. Para Minas Gerais, o apoio a São Paulo garantia a nomeação dos membros da elite mineira para cargos na área federal e verbas para obras públicas, como a construção de ferrovias. Era a política do "café-com-leite". Assim, a cada quatro anos, ou um paulista ou um mineiro tornava-se presidente da República.
Em 1929 lideranças de São Paulo romperam a aliança com os mineiros e indicaram o paulista Julio Prestes como candidato à presidência da República. Em reação, o governador de Minas apoiou a candidatura oposicionista do gaúcho Getúlio Vargas. Então, disputaram o cargo, o paulista Júlio Prestes e o gaúcho Getúlio Vargas.
Prestes ganhou, mas Vargas tomou o poder.
O governo provisório de Getúlio prometeu uma nova constituição, mas nada ocorreu no primeiro ano e em São Paulo, a resistência ao governo era cada vez maior. O movimento se ampliou depois que quatro manifestantes foram mortos por policiais durante um protesto pró-constituição no dia 23 de maio - nome também de uma grande Avenida em São Paulo -.


No dia 9 de julho, o ex-candidato Júlio Prestes, com apoio do interventor de São Paulo - Pedro de Toledo - deu o estopim para a revolução. O Estado se mobilizou, milhares de pessoas tornaram-se voluntárias, São Paulo tinha 40 mil soldados, divididos em três frentes principais de combate: as fronteiras com o sul de Minas Gerais, o norte do Paraná e o Vale do Paraíba. A desigualdade entre as tropas constitucionalistas e as getulistas era grande. O governo federal fez uma campanha contra o movimento difundindo a ideia de que São Paulo queria se separar do Brasil, o que ajudou a angariar voluntários.
A intenção dos paulistas era receber apoio de setores insatisfeitos de outros Estados para conseguir uma nova Constituição. Esses movimentos, no entanto, foram rapidamente inibidos. Em 3 de outubro, as tropas se renderam após ser negociada a anistia para os soldados e o exílio para as lideranças. A revolução acabou, mas teve como resultado uma nova constituição, promulgada em 1934.
Em 1933, foram eleitos os representantes da Assembléia Constituinte, pela primeira vez, com voto feminino. Em julho de 1934, ela foi promulgada. As novidades foram, entre outras:
1 - A ampliação do princípio da igualdade perante a lei, independente de cor, sexo, idade ou classe social; 2 - voto secreto e obrigatório para todos os maiores de 18 anos; criação da Justiça do Trabalho e da Justiça Eleitoral
3- nacionalização das riquezas de solo e fontes d água
4 - proibição do trabalho infantil
5- criação da jornada de trabalho de oito horas diárias, do descanso semanal remunerado, das férias de 30 dias e da indenização para o trabalhador demitido
6- regulamentação dos sindicatos
A Constituição de 1934 durou cerca de três anos apenas, com o menor tempo de vigência no Brasil até hoje. Em 1937, alegando problemas de segurança nacional, Getúlio Vargas instala o chamado Estado Novo – Ditadura -, perseguindo inimigos políticos e abolindo as eleições, por exemplo. A nova Constituição realmente, só seria promulgada depois da saída de Getúlio e o estabelecimento de um novo governo, presidido por Eurico Gaspar Dutra.

Em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito. Seus últimos dias de governo foram marcados por forte pressão política por parte da imprensa e dos militares. A situação econômica do país gerava muito descontentamento entre a população. Em sua carta testamento ele escreveu: “Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história”.

Portanto, dia 9 de julho ficou marcada como a data que gerou uma nova Constituição, apesar de tardia e à custa de uma revolução com mais de 600 mortes paulistas e só se tornou feriado em 1997, por determinação do então governador de São Paulo, Mário Covas.