terça-feira, 5 de maio de 2009

TROTE DO TROTE



Domingo passado, por volta das 23hs, meu telefone tocou. Do outro lado, a velha musiquinha de ligação a cobrar...
Nessas horas a gente pensa; pode ser, quem sabe, alguem proximo ligando de um telefone publico. Ok, aceitei a ligação e escutei:
- Mamãe, mamãe – chorando, visivelmente perturbado – eu fui assaltado, eles me pegaram...
Lembrei dos trotes, lembrei que poderia ser mentira, mesmo assim, pensei que ia desmaiar. E se fosse verdade? Foi aí que eu ensaiei, um outro “golpe”;
- Luiz, meu filho, onde vc está? (meu filho tem outro nome)
- Não sei mamãe, eles me colocaram num carro
- Mas Luiz (enfatizei), o que é que aconteceu?
Nesse instante uma outra voz (com sotaque carioca) pegou o telefone
- Calma minha senhora, o Luiz está com a gente...
- O Luiz? Luiz Alberto?
- É, o Luiz... – respondeu a voz
- Só que eu não conheço nenhum Luiz Alberto. Que pena, né?...- disse eu zombando e desliguei o telefone.
Em seguida liguei pro celular do meu filho, que já estava chegando em casa.
Ufa! Dessa vez, tudo acabou em pizza, mas poderia ter acabado em tragédia, como tantas que ouvi contar. E, confesso; o teatro que eles fazem através do telefone é tão bem feito, que poderiam ganhar prêmios de interpretação, com direito a efeitos sonoros especiais e tudo.
Apenas algumas perguntas:
1 - Como eles sabiam que eu tinha um filho? (poderia ter uma filha ou não ter filhos)
2 – Como sabiam que ele não estava em casa? (domingo a noite, normalmente ele está)
3 - Como acertaram (pela voz) a idade dele? (poderia ter um filho pequeno ou adolescente)
Tudo foi uma coincidência? Bom, prefiro não saber...