terça-feira, 30 de setembro de 2008

EU SEI QUE VOU TE AMAR

Fazia muitos anos que eu não ia á Ilhabela. Está ainda mais bela, apesar do tempo frio desse final de semana. O caminho que pegamos talvez seja ainda mais bonito que ela. Fomos pelo caminho das praias, e paramos em algumas delas. Foi quando eu percebi que mais importante do que a beleza de qualquer praia paradisíaca, são os seus habitantes; gentis, sorridentes e amigos. Isso é Brasil.
Numa das noites, sem poder sair por causa da chuva, liguei a TV e quem vejo? Roberto cantando no programa "50 anos de bossa nova"! Foi muito bom estar em Ilhabela vendo e ouvindo Roberto cantando Jobim/Vinicius. Vale à pena postar aqui pra vocês verem comigo. Eu sei que vou te amar.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

HERE THERE AND EVERYWHERE

Tempos que não voltam mais e ao mesmo tempo sempre estarão presentes.
O passado sempre será o nosso futuro, o presente simplesmente não existe, já virou passado
Só ele importa, só ele conta a nossa história, mesmo que quase todas as histórias desse tipo se pareçam.
Às vezes o grande amor de nossas vidas chega cedo demais, às vezes se vai cedo demais, assim como muitas vezes só se percebe tarde demais.
E tudo o que resta é o passado, como um inverno triste e sem sol.
Mas o inverno não é eterno, um dia também se transforma em passado e vira primavera, pra começar tudo de novo, debaixo de um novo sol com outras flores e cores, mas o mesmo amor. Porque só ele é eterno. Aqui, ali e em qualquer lugar
Minha música preferida, feita pelos meus autores preferidos - Lennon e MacCartney -, aqui com meu cantor e músico preferido: George Benson.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

GENIAL DEPARDIEU


Foto de Depardieu na pele de Alain Moreau



Tempo frio em Sampa, viagem cancelada, etc, etc, etc, eu resolvi ver outro filme, - francês, pra ver se fazia as pazes com o cinema da terra de Moliére - "Quand j'étais chanteur", que aqui no Brasil recebeu o titulo de "Quando estou amando" (tradução nada a ver, só pra variar).

Surpresa! Apesar da direção de Xavier Giannoli – indicado a Palma de Ouro por melhor direção – eu não esperava tanto. Fui ao cinema por Gérard Depardieu (um dos melhores atores do século, na minha humilde opinião).

O filme já começa dentro de um singles bar, no show de quem já teve dias melhores; o cantor Alain Moreau. Chocante!
Gente... Seu terno branco, suas rosas vermelhas, sua pop musica anos 70 em plenos anos 2000 e a platéia quarentona e cinquentona ali, dançando e cantando com ele. Mais kitsch impossível. 
Já disseram que; uma vez o cafona exercido com propósito consciente ele se transforma em kitsch. Entendi a razão pela qual, o filme está indicado para o prêmio César Awards. Aliás, os prêmios não param por aí. Vencedor de melhor som e indicações para: Melhor ator, atriz, direção, roteiro original e melhor filme francês. E´mole? E merece.

A história: Acostumado mas também cansado com a vida que leva, ao lado da ex-mulher que se transformou em sua empresária, Alain Moreau é um cantor que não escolhe mais endereço para trabalhar e é assim que ganha a vida enquanto ainda autografa e faz fotos para as suas também cansadas fãs. Até que um dia se depara com uma corretora de imóveis nada gentil, embora discretamente bonita e muito mais jovem que ele. Essa é a sua chance de recuperar -através dela - a juventude perdida. Pronto: Um romance. Mas não é esse o tema central do filme.
O assunto mais importante é ele, que retrata fielmente a vida de um cantor – que já passou há muito dos 50 - que não chegou a ser ídolo, mas já teve seus dias de primavera e hoje em dia é um funcionário free, como qualquer outro, de cabarés, restaurantes, salões de bingo, enfim, onde puder cantar. Como diz Celso Sabadin "Existe um certo charme nostálgico no mundo decadente dos velhos cantores românticos e dos salões de baile".

As músicas não poderiam ser mais adequadas. Sucessos de Serge Gainsbourg, Charles Aznavour, Michel Delpech, Jean-Michel Rivat (até Quiçás, quiçás em francês) e Christophe – que faz uma rápida aparição -.
As melhores cenas são exatamente aquelas em que Depardieu canta, (ele também canta e bem!) sempre no mesmo estilo "iglesiano" que de tão brega virou cult. O figurino segue no mesmo estilo, tanto em relação ao artista quanto ao publico, feito de corações solitários, nesses bailes.
“Quanto Estou Amando” é apontado pela critica especializada, como o filme que melhor celebra a carreira e talento de Gérard Depardieu. Dessa vez, concordo com a crítica. O fato é que esse filme, a gente não esquece. Ao contrário; quer ver de novo. Aliás, se não me engano, eu já vi um personagem desses em algum lugar, ops…
Dica: Fique para os créditos que tem mais uma seqüência, tipo bastidores.Genial!
Dá uma olhada no trailer.