sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A arte pela arte


Arte é arte e ponto.
Não importa que seja um filme, uma peça de teatro, um livro, uma música uma tela ou uma novela. Todo trabalho de criatividade é arte.

Acabamos de assistir uma história que poderia ser um filme, uma peça de teatro e era uma novela.
Dentro da arte, não existe trabalhos menores, a não ser pela qualidade. E o que vimos foi de extrema qualidade. Como dizia uma amiga, escritora: “Os grandes romances, hoje considerados clássicos, foram também, em seu tempo, simples novelas, folhetins publicados em capítulos nos jornais”.

É obvio que nada pode ser unanime, nem 100%perfeito. Assim como não amamos todas as músicas de um CD ou todo o elenco de um filme ou de uma peça. Mas amamos o que toca nosso coração. E é simplesmente essa a intenção da arte.

Já vai longe o tempo, em que se comentava que novelas de TV seriam apenas uma arte menor. Hoje em dia, nossas novelas não são apenas assistidas por todo o país, mas são vistas e premiadas pelo mundo inteiro, tal a seriedade de toda uma equipe, somada ao talento dos nossos escritores e atores.

Tive a honra de estar presente com minhas músicas em várias delas (algumas ainda no ar, nesse momento) e espero participar de outras.

Amor à vida já está deixando saudade nesses seus últimos dias, como outras histórias que levamos na lembrança, sejam novelas, romances, filmes ou peças de teatro que leram nosso confuso coração. Quem sabe tenha sido pelas mensagens subliminares além das óbvias? Quem sabe por nos fazer lembrar o que deixamos de viver, nesse mundo apressado da própria mídia?
Quem conhece arte reconhece quando uma obra é feita com o coração.
É só uma questão de amor, de vida. Assim foi "Amor à vida".


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O PODER INVISÍVEL



Uma das noticias mais comentadas no momento, segundo jornais especializados, é de que o leonino presidente francês, desprovido de beleza ou carisma é, no entanto, objeto de desejo entre duas mulheres interessantes, senão mais.

Um homem poderoso sempre exerceu fascínio, entre as mulheres. Assim como a mulher poderosa entre os homens. Ele não precisa ser bonito, nem inteligente, mas poderoso. Um homem de terno e gravata (símbolo do poder, mesmo não sendo) sempre foi o preferido, entre 10 musculosos (esses, atraentes para jogo rápido).

Na verdade, o que é apaixonante é o poder e tudo em torno dele atrai, tanto homens como mulheres. Sendo assim, inconscientemente ou não buscamos esse poder a todo custo, seja na profissão, na conta bancaria ou na estética, o que estiver mais dentro das possibilidades de cada um. De posse desse tal poder - diz a mídia - seremos "amados". E é essa a meta da humanidade, o grande prêmio.

A verdade é que, nem dinheiro, nem status profissional muito menos beleza, são atributos eternos ou nos oferecem alguma garantia. Tudo pode mudar do dia pra noite, sem aviso prévio e o que sobra, são valores invisíveis, impossíveis de se reconhecer a primeira vista, o tesouro escondido, como nos contos de fadas.

Mas a gente cresceu e esqueceu que o invisível é o mais importante, porque não é efêmero e que invariavelmente o bem vence o mal, ainda que seja nos últimos capítulos da história. A propaganda do dia a dia nos convenceu de que o vencedor é o poderoso, pelo menos enquanto detém o poder. A ilusão nos comprou.


Então, como Jafar em luta pela lâmpada mágica, trapaceamos e nos enganamos, lutando contra nós mesmos, porque sonhamos com um poder que atravesse limites, que realize sonhos, que possibilite o impossível, sem perceber que esse poder está onde sempre esteve; a capacidade de amar simplesmente, como qualquer mortal, para só assim, sermos finalmente amados.