Uma das noticias mais comentadas no momento, segundo
jornais especializados, é de que o leonino presidente francês, desprovido de
beleza ou carisma é, no entanto, objeto de desejo entre duas mulheres
interessantes, senão mais.
Um homem poderoso sempre exerceu fascínio, entre as mulheres.
Assim como a mulher poderosa entre os homens. Ele não precisa ser bonito, nem
inteligente, mas poderoso. Um homem de
terno e gravata (símbolo do poder, mesmo não sendo) sempre foi o preferido,
entre 10 musculosos (esses, atraentes para jogo rápido).
Na verdade, o que é apaixonante é o poder e tudo em
torno dele atrai, tanto homens como mulheres. Sendo assim, inconscientemente ou
não buscamos esse poder a todo custo, seja na profissão, na conta bancaria ou
na estética, o que estiver mais dentro das possibilidades de cada um. De posse
desse tal poder - diz a mídia - seremos "amados". E é essa a meta da
humanidade, o grande prêmio.
A verdade é que, nem dinheiro, nem status profissional
muito menos beleza, são atributos eternos ou nos oferecem alguma garantia. Tudo
pode mudar do dia pra noite, sem aviso prévio e o que sobra, são valores invisíveis,
impossíveis de se reconhecer a primeira vista, o tesouro escondido, como nos
contos de fadas.
Mas a gente cresceu e esqueceu que o invisível é o mais
importante, porque não é efêmero e que invariavelmente o bem vence o mal, ainda
que seja nos últimos capítulos da história. A propaganda do dia a dia nos
convenceu de que o vencedor é o poderoso, pelo menos enquanto detém o poder. A
ilusão nos comprou.
Então, como Jafar em luta pela lâmpada mágica,
trapaceamos e nos enganamos, lutando contra nós mesmos, porque sonhamos com um
poder que atravesse limites, que realize sonhos, que possibilite o impossível,
sem perceber que esse poder está onde sempre esteve; a capacidade de amar simplesmente,
como qualquer mortal, para só assim, sermos finalmente amados.
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