sábado, 1 de dezembro de 2012

O BRILHO ETERNO DAS LEMBRANÇAS


Alguns afirmam, que depois da morte nascemos de novo, voltamos pra cá, muitas outras vezes, porem sem lembranças da vida passada, salvo raríssimas exceções.  Em alguns casos, alguns flashes e só. Eu, particularmente, tenho seríssimas razões para acreditar nisso.

De certa maneira, no decorrer da vida, acontece quase a mesma coisa. 

Outro dia revi um filme que trata disso: "Brilho eterno de  uma mente sem lembranças". Roteiro de Charlie Kaufman com Jim Carrey e Kate Winslet.

Catalogado como ficção, o filme é na verdade uma declaração de amor, por amor e pelo amor. Trata da ilusão, de que um dia tenha sido criada uma maquina, capaz de apagar da mente, as lembranças indesejáveis, doloridas, perturbáveis.

Toda a trama, ou grande parte dela é contada através da mente de Joel Barish (Jim Carrey). Ele e Clementine (Kate Winslet) terminam um caso bastante tumultuado e ele decide apagar as lembranças, através dessa maquina, principalmente depois de saber que ela (Clementine), já tinha apagado as suas.

O filme se desenrola (através da mente dele) pelos momentos felizes, infelizes e os problemas que juntos enfrentaram, deixando claro que para esquecer, antes é preciso lembrar. E nesse processo de eliminação das memórias, aos poucos, Joel toma consciência, de que não vale a pena perder aquelas lembranças, que bem ou mal, fazem parte da sua vida e dá início á luta contra ele mesmo, para não perder o único elo que sobrou da sua história de amor. As recordações de Clementine.

A história então, se transforma num dialogo entre a mente e as lembranças. A luta pela sobrevivência de uma das partes, dentro da mesma pessoa.

Um grande filme que trata de um assunto delicado, a tal ponto, que deixa uma questão no ar. – Por piores ou melhores momentos vividos, será que vale mesmo a pena esquecer?

No fundo a gente sabe que no decorrer da vida, mesmo sem essa maquina que apagaria as lembranças, elas certamente são apagadas, ou quase, de uma maneira ou de outra, até por conta do nosso próprio instinto de sobrevivência. Sabemos também de que nada adianta lutar para manter um elo, que fatalmente vai se quebrar.

Segundo os reencarnacionistas, nada é gratuito, nada é por acaso e o que não ficou resolvido, ainda será, feliz ou infelizmente. Quando e como o Universo quiser.

É ele o brilho eterno em nossa mente, por hora sem lembranças...


2 comentários:

Anônimo disse...

O mais engraçado é que o tempo não apaga mas muda a nossa visão sobre os fatos. Depois que uma paixão passa a gente começa a achar que muitas de nossas atitudes foram ridículas. Mas por muitas vezes tomamos atitudes ridículas e não percebemos que estamos apaixonadas, só depois que passa rsrs. Mas é tudo tão lindo quando estamos ridículas... sabe já fiz o absurdo de ficar horas em pé diante de uma janela só pra ver a minha paixão chegar em casa, éramos vizinhos.
Eu acredito que temos várias encarnações, por muitas vezes "vejo" coisas antes de acontecer, coisas minhas e de outras pessoas. Isto as vezes assusta...

Cida Lisboa

Isolda disse...

Eu entendo Cida. E eu que perdi um ano inteiro (97) numa paixão puramente platônica?..rs.. Mas rendeu muitas musicas... Pois é, eu não vejo, eu sinto e qdo eu sinto, não da outra. Mas o mais importante nos casos, amores e paixões é não se deixar sofrer e nem deixar ninguém sofrer. O resto são lembranças, que podem virar temas..rs
um beijo
Isolda