
Silvinha, na minha lembrança, é Silvinha loira, linda e jovem, que cantava ontem no estilo de hoje. Uma voz á frente do seu tempo, um estilo personalíssimo. Cantora, mãe e amiga, que particularmente eu acho que poderia ter tido um reconhecimento maior em relação a sua vida profissional. Mas nada é por acaso. Sua missão era exatamente essa. Tanto era que foi cumprida, finalizando dia 25 de junho.
Como espiritualista que sou, sei que a vida não termina simplesmente assim. Só o personagem é que deixa de existir, como no teatro. Silvinha como Silvinha cantora, não existe mais, mas ela, seu espírito sempre existirá e voltará ao nosso convívio inúmeras vezes, quantas ela quiser.
Um dia, nós também estaremos desse outro lado, só não sabemos quando. Pouco importa a "vida saudável", as prevenções contra essa ou aquela doença, pouco importa a religião de cada um; estaremos lá.
Tudo o que importa é a nossa bagagem. Que seja feita de fraternidade, de caridade, de amor ao próximo. Que nossa estadia por aqui deixe boas lembranças e a certeza de que de alguma forma contribuímos para a felicidade dos que ainda não cumpriram sua missão.
O tempo passa muito rápido, muito mesmo. Ontem éramos adolescentes, amanhã estaremos do outro lado e depois de amanhã, começaremos, nós todos, tudo de novo.
Boa viagem, Silvinha. Até á vista.