Nesses ultimos dias, existia alguma coisa no ar que me intrigava, como se fosse um céu cheio de nuvens carregadas. Uma tristeza indizivel que me deixava sem energia. Muita coisa aconteceu; desde um problema de saude em familia, meus problemas pessoais, culminando com perdas, várias perdas. Perdas de conhecidos e amigos, como o grande Zé Rodrix e a terrivel tragédia de domingo com o avião Air France, uma companhia que eu sempre costumava viajar. Eu digo, "costumava", porque se antes eu já tinha medo de voar, agora, a coisa piorou. Sem palavras, pelo acontecido, deixo aqui um texto que encontrei no blog da Zoe. http://www.zoedecamaris.blogspot.com/
"Falar o quê? É o que todos dizem. Meus Sentimentos. Gosto do lance dos sentimentos porque não entendo bem o peso dos pêsames. Mas mesmo assim, falar deles não significa nada numa hora em que tudo fica sem sentido. É um corte na noção de tempo, do corpo ocupando um espaço. De quantos lugares habitam as almas no ar, no céu.
Um amigo, em rápida menção me disse: - E se somos as ínfimas partículas da água rolando na crista das ondas? Me soou belo, grandioso e patético. Bem resolvido demais. Antes de chegar a gotícula, há que se compreender que Cavalo move a Morte num tabuleiro: Agora, seu nome é Xadrez.
Sempre sonhei com quem se vai desse mundo em preto e branco. Resta-me as cores no mundo dos vivos e isso não é pouca coisa. Mas eles me parecem pálidos, os que se foram, como num filme antigo. E não é sépia não, é preto e branco mesmo.
Penso que a Morte vem assim num zuuuuuuuum, dá no ouvido da gente crescendo e crescendo - quando se viu já era. Viagem, essa que empreendemos sempre virgens. Mas para isso, há um percalço curioso: Dormimos todos os dias pois, caso assim não fosse, quando a Morte chegasse seríamos surpreendidos em uma porrada incontida, uma explosão de nêutrons, um cruz-credo avassalador.
Convenhamos: há coisa mais estranha, se olhada com perplexidade de quem vê a lua pela primeira vez, do que o ato de dormir?
Vamos lá todos em fila, que nem os anões da branca-de-neve com seus travesseiros, agarrados no quentinho para nos garantirmos. Enquanto estivermos cativos do calor tá tudo bem. Dá pra deitar na cama e ficar ali parado em semi-inécia. Coisa estranha é dormir. Sua normalidade me choca.
Dormimos para nos acostumarmos com a chegada da Implacável. E sonhamos. Nos sonhos, toda uma vida - vias, desvarios, veias em viés. Vida onde transitam aqueles que se foram mas não partiram. Em algum lugar, eles não se partem. Ficam. Deve ser dentro do coração.
Quando aparece alguém que eu não conheço nos meus sonhos, sei que é a figuração de uma alma. Eu poderia até arriscar uma interpretação pseudo psicanalítica, mas não vou perder tempo agora: a Morte não faz Nove Horas.
Então, quando a Inominável, vem - inominável sim, mas com o número bem certo - entramos para sempre no mundo dos sonhos, é a verdade inegável. Somos para sempre o que sonhamos...." Zoe de Camaris.
"Falar o quê? É o que todos dizem. Meus Sentimentos. Gosto do lance dos sentimentos porque não entendo bem o peso dos pêsames. Mas mesmo assim, falar deles não significa nada numa hora em que tudo fica sem sentido. É um corte na noção de tempo, do corpo ocupando um espaço. De quantos lugares habitam as almas no ar, no céu.
Um amigo, em rápida menção me disse: - E se somos as ínfimas partículas da água rolando na crista das ondas? Me soou belo, grandioso e patético. Bem resolvido demais. Antes de chegar a gotícula, há que se compreender que Cavalo move a Morte num tabuleiro: Agora, seu nome é Xadrez.
Sempre sonhei com quem se vai desse mundo em preto e branco. Resta-me as cores no mundo dos vivos e isso não é pouca coisa. Mas eles me parecem pálidos, os que se foram, como num filme antigo. E não é sépia não, é preto e branco mesmo.
Penso que a Morte vem assim num zuuuuuuuum, dá no ouvido da gente crescendo e crescendo - quando se viu já era. Viagem, essa que empreendemos sempre virgens. Mas para isso, há um percalço curioso: Dormimos todos os dias pois, caso assim não fosse, quando a Morte chegasse seríamos surpreendidos em uma porrada incontida, uma explosão de nêutrons, um cruz-credo avassalador.
Convenhamos: há coisa mais estranha, se olhada com perplexidade de quem vê a lua pela primeira vez, do que o ato de dormir?
Vamos lá todos em fila, que nem os anões da branca-de-neve com seus travesseiros, agarrados no quentinho para nos garantirmos. Enquanto estivermos cativos do calor tá tudo bem. Dá pra deitar na cama e ficar ali parado em semi-inécia. Coisa estranha é dormir. Sua normalidade me choca.
Dormimos para nos acostumarmos com a chegada da Implacável. E sonhamos. Nos sonhos, toda uma vida - vias, desvarios, veias em viés. Vida onde transitam aqueles que se foram mas não partiram. Em algum lugar, eles não se partem. Ficam. Deve ser dentro do coração.
Quando aparece alguém que eu não conheço nos meus sonhos, sei que é a figuração de uma alma. Eu poderia até arriscar uma interpretação pseudo psicanalítica, mas não vou perder tempo agora: a Morte não faz Nove Horas.
Então, quando a Inominável, vem - inominável sim, mas com o número bem certo - entramos para sempre no mundo dos sonhos, é a verdade inegável. Somos para sempre o que sonhamos...." Zoe de Camaris.
6 comentários:
As suas músicas são lindas, (sou especialmente fissurado em "Quem é você") vc é linda, enfim, sou seu fã, com todo respeito.
Oi Pedro,
Obrigada!! Vc que é muito gentil. Valeu, pela sua visita e apareça sempre.
um beijo
Isolda
Nobre colega Isolda,
Nessa hora só nos resta orar pelos os que nos deixaram e pelos os seus familiares e amigos.
Um grande abraço
C. Marley
Isolda
Os problemas são como tempestades, vem e vão. Se as coisas boas passam, porque as ruins também não?
É feito uma das minhas compositoras favoritas já disse uma vez: " as voltas em que a vida envolveu cada um..."
Esteja sempre com Deus e o que precisar, sabe que pode contar conosco, seus fãs e amigos virtuais, com muito orgulho e honra!
Blog Música do Brasil
www.everaldofarias.blogspot.com
Um forte abraço!
Um bjo, Marley
Oi Everaldo,
Valeu..rs..
Um beijo grande
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