Essa é a palavra que escolhi para esse final do ano. Não, não é nada fácil.
Perdoar não é simplesmente dar as costas e fingir que nada aconteceu.
Perdoar é desatar do coração. É liberar o mal que corrói a nós mesmos. Soltar.
Só se é ferido por alguém, quando esse alguém teve ou tem algum poder
sobre nossos sentimentos. Ninguém é magoado por um desconhecido ou uma pessoa
sem importancia, não profundamente.
Então, se existe magoa, ela é o lado do avesso do amor, o seu oposto; o negativo
se sobrepondo ao positivo. São amarras, laços, correntes que levam a lugar
nenhum ou no máximo ás coisas do seu grupo; tristeza, depressão, rugas...
O amor pode se transformar em magoa, mas a magoa não se transforma em
amor. Daí o perdão, como um “delete consciente”. É complicado, porem
necessário.
Afinal somos seres humanos e todos nós temos sentimentos, apesar de cada
um lidar com eles de maneira diferente.
Perdoar é ser perdoado, como indefinidamente já fomos.
Assim como também ferimos e somos feridos, amamos e somos amados. O mais
importante é amarmos a nós mesmos antes de tudo e de todos e nesse amor por
nós, não pode estar incluído um sentimento cruel. Pelo contrário.
Já explicava Oscar Wilde em “The Picture of Dorian Gray” – a beleza vem de dentro.
E já que beleza é fundamental, por que não usar esse SPA? Perdoar,
soltar, liberar, jogar fora o que não tem mais sentido e abrir espaço para o
belo, o famoso “começar de novo”, nessas paginas totalmente em branco de
2013.
Pra mim, especialmente, 2012 me deixou essa lição (repetidas vezes) que
espero ter aprendido:
- Perdoe.
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