sábado, 16 de novembro de 2013

ONDE ANDA A POESIA?



Por diversas razões, eu me dou muito bem com a época em que vivo. O que seria de mim sem internet, antibiótico, Iphone, anestesia, whatsapp, Boeing, redes sociais? Ok, tudo certo, porem, em matéria de arte, tudo vai de mal a pior e isso é publico e notório.

Não dá pra comparar em qualidade o que se fazia nos anos 40, 50. Tempo em que eu nem era nascida.

Cadê o Sinatra de hoje? Onde andam os Cole Porters? Os Gene Kellys?  Os grandes musicais? Tudo isso deu lugar a grande maioria de musicas sem melodia, a cantores que não passam emoção, alguns nem cantam, a filmes descartáveis ou de grande violencia física e psicológica ou as comédias sem compromisso, com raríssimas boas exceções.

Concordo que a informática, a medicina, têm dado largos passos, a odontologia idem (graças á Deus) entre outros segmentos e por mais que se critique o aumento de violencia, eu sei da grande preocupação e possível solução (como aconteceu nos Estados Unidos) em relação a isso.

Mas artisticamente demos um passo para trás. Não caminhamos com os outros, porque no domínio da arte, quando não se avança, fica. E enquanto fica o resto anda, os outros vão.

Arte é tocar, é emocionar, é sensibilizar. Fazer chorar ou rir, fazer pensar ou questionar. E como sabemos através da história, a cultura e arte andam juntas e são fundamentais para o progresso do país, do mundo.

Sendo assim, ainda que a ciência e a tecnologia estejam galgando degraus cada vez mais admiráveis, sem cultura e sem arte, como poderemos desfrutar desse avanço? Como compreender e admirar? Ao som de quem ou de que, uma vez que a musica emudeceu, o cinema enfraqueceu, o teatro de verdade esvaziou, ninguém tem mais tempo pra ler e nunca mais se ouviu falar em poesia?

Só nos resta no momento, navegar na internet em busca do tempo perdido e conectar nossos desejos vintages aos arquivos de literatura e músicas que tenham o poder de nos fazer questionar, refletir, emocionar. Essas tolas manias que ninguém se lembra mais...