quinta-feira, 29 de maio de 2008

LEI APROVADA!!

Acabo de saber por meu amigo Felipe Cerquize, do grupo Cardiem (que orgulhosamente faço parte), que conseguimos a aprovação por unanimidade na Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara dos Deputados, do PL2732/2008 que trata da volta da educação musical ao ensino fundamental.
Mais um ponto a favor da música, dos músicos e compositores.
Parabéns à Felipe Radicetti - Coordenador do Grupo de Articulação Parlamentar Pró-Música - parabéns à todos.

Comunicado sobre a campanha

- Acompanhamento de Proposições
PL 2732/2008 - Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica.
- 28/05/2008
Discutiram a Matéria: Dep. Jorginho Maluly (DEM-SP), Dep. Professora Raquel Teixeira (PSDB-GO), Dep. Ivan Valente (PSOL-SP), Dep. Iran Barbosa (PT-SE), Dep. Alice Portugal (PCdoB-BA), Dep. Pedro Wilson (PT-GO), Dep. Lobbe Neto (PSDB-SP) e Dep. Gastão Vieira (PMDB-MA).
- 28/05/2008
Aprovado por Unanimidade o Parecer.Matéria Agência Câmara
Comissão aprova ensino de música em educação básica
A Comissão de Educação e Cultura aprovou hoje, por unanimidade, o Projeto de Lei 2732/08, do Senado, que torna obrigatório o ensino de música na educação básica (1º e 2º graus). O relator da matéria, deputado Frank Aguiar (PTB-SP), recomendou a aprovação da medida. "Acreditar no ensino da arte musical nas escolas é um gesto de apreço ao Brasil e a toda sua tão original identidade", disse o parlamentar. A proposta altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - Lei 9.394/96), que já determina o aprendizado de arte nos ensinos fundamental e médio, mas sem especificar o conteúdo. TramitaçãoO projeto, que tramita em caráter conclusivo, será votado agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

É BOM MORAR EM SÃO PAULO?


Achei esse texto tão a minha cara que resolvi postar aqui. O texto é de Marcelo Rubens Paiva, paulistano, colunista do Estadão, filho de Rubens Paiva, que desapareceu na época da ditadura militar. Ele é autor de vários livros, entre eles "Feliz Ano Velho", publicado em 83, vencedor de vários prêmios, que virou peça de teatro e tambem filme, traduzido em diversos idiomas.
(Foto- Vista de Sampa através do Terraço Italia)






"Eu amo São Paulo. Nasci aqui, quando ela era ainda uma fria cidade organizada -o centro era no centro, nos bairros as pessoas moravam-, provinciana, de muitas casas com quintais, sua noite era do silêncio, quando havia mais praças do que avenidas e aos fins de semana não havia o que fazer. Já morei em outras cidades, até na mais linda de todas, o Rio de Janeiro. Mas sempre volto. Pior: com saudades.
Como escritor, eu poderia morar em qualquer canto bucólico do mundo, escrever diante de uma paisagem deslumbrante. Mas e se o computador der pau, quem conserta? E se der fome à noite, quem entrega comida? E se eu quiser pesquisar algo na biblioteca, terá alguma completa por perto? E se eu quiser relaxar e ver um filme de arte, terá algum cinema na região? E se eu quiser me inspirar e assistir a uma peça do Antunes? E se eu quiser voar e participar do teatro-ritual de Zé Celso? E se eu quiser dançar um determinado estilo? E onde estarão os amigos de todas as partes do Brasil? E uma padoca aberta de madrugada, quando bater a insônia? E uma festa maluca, que começa às 2h, num galpão abandonado? E quando trouxerem uma exposição sobre a China, ela estará por perto? E haverá uma feira de livros com todas as editoras representadas? Aliás, dará para eu comprar livros a qualquer hora do dia? E se eu quiser um mojito cubano? Ou o novo "The Strokes"? Ou uma raridade? E se eu estiver duro, terá uma peça do Mário Bortolotto custando R$ 1, ou um Shakespeare grátis no teatro do Sesi? E sebos com livros usados? E cursos grátis do Sesc? Posso ser ouvinte de uma boa universidade? Aparecer nas palestras do Instituto Moreira Salles?
Quem decide se mudar de São Paulo deve abrir mão de tudo isso. Olha o dilema: uma vez morando nela, consegue se livrar do que faz bem à alma? Há qualidade de vida nesse paradoxo. Há também estresse sem tantos serviços. É desesperador ter uma paisagem deslumbrante, mas o computador não ter conserto.
São Paulo não tem cara. É um caleidoscópio do caos. Por isso, fascina. Por isso, funciona. Das marginais, vê-se a cidade se acotovelar no sentido da cordilheira da avenida Paulista. Sobre ela, a indefinida cor da poluição. Lembra uma pintura de Jackson Pollock, perturbada, desordenada. Cores. Suas avenidas e ruas não seguem um padrão. Há calçadas em azul e laranja, com pedras portuguesas e de concreto. Um sobrado de cem anos é vizinho a um respirador subterrâneo e de um espigão cinza, e vêm um posto de gasolina e uma padaria com seus azulejos amarelos e um hotel em formato de melancia. Suas ruas são curvas, não fazem sentido. De repente, um túnel. Mais à frente, um elevado corta os prédios. Vêem-se, em e de suas varandas, roupas secando, crianças brincando, TVs ligadas.
São Paulo é o mundo entre seus rios. Não existe nada igual. É única e essencial. Nas calçadas, não se estranha um negro de mãos dadas com uma loira, um japonês gordo jogando dominó com um cego, um português rindo da piada de um italiano, um índio executivo de terno e gravata falando ao celular, um árabe beijando um judeu, punks lésbicas bebendo cerveja, um camelô lendo Dostoiévski, hare krishnas paquerando patricinhas no farol, um anão carregando um trombone, um malabarista cuspindo fogo, desempregados vendendo canetas coreanas. São Paulo é sua gente. Em muitos bairros, ainda se diz afetuosamente "bom dia" às manhãs. Um café com leite se chama "média". O pão é crocante e feito na hora. O sol nem nasceu. Gente voltando da balada é servida no mesmo balcão que gente indo ao trabalho. E um pastel de feira não faz mal a ninguém.
São Paulo mudou muito nas últimas décadas. São Paulo sempre muda muito. Ficou melhor e pior. Ela ganhou a violência urbana. A desigualdade nunca foi tamanha. Mas ela ganhou a Mostra de Cinema, festivais de jazz, um número enorme de casas noturnas, restaurantes e livrarias. A cada ano, teatros e cinemas são inaugurados. Institutos culturais também. E quase sempre há acesso para os deficientes.
A cidade está na rota das grandes exposições. Pina Bausch nunca deixa de se apresentar por aqui. E já vieram Nirvana, U2, até Stevie Wonder. Alguns tocam de graça no Ibirapuera domingo de manhã. Aos 15 anos, assisti a Miles Davis no Municipal. E ao balé "Sagração da Primavera" do Bolshoi. Vi Ray Charles também. Até conversei com ele no saguão do Hotel Transamérica. Conversei também com Kurt Cobain no saguão do Maksoud.
Bem, entre os passarinhos do campo, o barulho do mar, as cigarras cantando, prefiro o mundo.


Marcelo Rubens Paiva

segunda-feira, 26 de maio de 2008

TEMPO DE VOLTA




Lá pros anos 80, eu fui roubada e dentre outras coisas, me levaram um relógio de grande valor afetivo. Sabe aquele relógio que você não sai de casa, sem? Que está presente em todas as fotos, que foi testemunha de tantos fatos, etc e etc? Pois é. Foi esse mesmo que me levaram e que por anos a fio eu tentei achar - pelo menos um parecido - em todas as lojas e feiras de antiguidades, sem sucesso.
No ano passado, conheci um site onde se vende e se compra de tudo e a primeira coisa que pensei, foi: - E se eu achasse o meu relógio? Então, de vez em quando eu entrava, clicava em "relógio" e buscava. "Imagine (me diziam), um relógio roubado nos anos 80, possivelmente hoje, nem existe mais". Mesmo assim, eu continuava entrando no site, na esperança de achar (como sempre).
Sexta feira passada, pra minha surpresa, lá estava ele. Tal e qual eu o vi pela última vez. Na minha opinão é o próprio, porque nunca mais nesses 20 anos eu vi outro, da mesma marca e do mesmo modelo e quando, na época, liguei pra fabrica (olha a que ponto cheguei), me disseram que estava fora de linha de fabricação. Assim, quando na sexta feira feira eu o vi anunciado, foi como se reencontrasse um velho amigo e rápidamente eu comprei de novo (o mesmo relógio). Agora, enquanto estou esperando que ele seja entregue, penso no que ouvi outro dia a respeito do "O segredo"- Nossos desejos tomam forma, se realizam - acreditando ou não -.
Na verdade, cá entre nós, se formos falar sobre isso eu tenho mesmo mais de um exemplo pra postar aqui. Mas por hora vou ficar só com esse - do relógio - Espero postar outros. Mas de preferência que não levem mais de 20 anos pra se realizarem. Não sou do tipo que acredita em coincidências. Só em sonhos.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

MÃES E FILHOS

Há muito tempo, eu assisti um comercial em que uma mulher passeava por sua casa, olhando os quartos vazios, lembrando dos seus filhos, como um animal fêmea, procurando por seus filhotes. Talvez seja por isso que eu nunca tenha desejado ter uma cachorra.É muito triste ver uma cachorra procurando por seus filhotes que são separados dela, um a um, pra serem doados ou vendidos. E ela procura e chora, chora e procura, por dias e noites até se acostumar com a realidade. No mundo dos humanos o quadro é o mesmo e por menos que se queira pensar nesse assunto, esse dia chega pra todas as mães. É inevitável.
Então a gente olha pra aqueles quartos, antes ocupados pelas crianças e quase chega a ouvir de novo o antigo barulho, os choros, as inquietações, os risos, as brigas, as festas e a gente se pergunta; como foi que o tempo passou tão depressa assim? Por que a gente não percebeu que estava passando? Quando foi que as crianças deixaram de ser crianças? E assim como elas que choravam quando bebês, dá uma vontade louca de chorar também, mas por não poder repartir com elas essa experiência, de contar que um dia elas tambem passarão por essa mesma situação, que não queiram prender o tempo com as mãos porque é inútil, ele não se deixa prender. É o ciclo da vida. Nascer, crescer, morrer e tudo em muito pouco tempo.
Ainda não sei, se vale a pena sofrer um pouquinho todos os dias por eles, em troca desses risos, desses beijos, desse amor ou passar a vida sem saber o que é isso, mas tambem não sofrer a perda, a distancia, o outro lado da moeda. A vida nos cobra tudo. Desde as dores (ou o processo cirúrgico) em troca de um filho, até as dores emocionais, quando eles se vão. Eu sei que cada mãe é única, pensa de um jeito, sente de uma maneira, mas eu duvido que esse sentimento de perda não seja geral. Por que, somos sempre nós, mulheres, que temos que optar pela felicidade com dor ou a ausencia da dor se abrirmos mão da felicidade?

quinta-feira, 15 de maio de 2008

ALGUMA COISA ACONTECE NO MEU CORAÇÃO


Na ultima segunda, fui convidada por minha amiga Rosane, pro lançamento de um filme no bar Brahma http://www.barbrahmasp.com/web/

Foi muito melhor do que eu esperava. O lançamento do filme não foi tão importante em relação ao que nos aguardava; Um show do legendário Cauby!!

Ícone de gerações, começou a cantar nos anos 50, alcançando seu grande sucesso em 56 - Conceição (Jair Amorim/ Dunga) - . Depois de aparecer na revista norte-americana Time como o maior ídolo da canção popular brasileira, foi convidado para uma excursão aos EUA, onde gravou, com o nome de Ron Coby, um LP com a orquestra de Paul Weston. Muitos sucessos depois - quem não conhece Bolero de Satã, gravado em dueto com Elis?-, em 79 gravou um L.P. com as melhores músicas romanticas, incluindo Outra Vez - pra minha honra e alegria -. No ano seguinte, no disco Cauby, Cauby - música de Caetano Veloso - lançou também Bastidores, do Chico, feita especialmente pra ele e sucesso inesquecível.  Em 93, foi homenageado com o prêmio Sharp da música. Em 2001, o escritor Rodrigo Faour lançou o livro "Bastidores - Cauby Peixoto/50 anos da voz e do mito" (Editora Record), em comemoração aos 50 anos de carreira do cantor e sua história virou peça de teatro em 2006 - Cauby, Cauby!- com Diogo Vilella, que por sinal, criou uma interpretação irretocável.

Cantor de mil e uma facetas, numa temporada de mais de dois anos, com ingressos pra lá de concorridos, Cauby cantou e contagiou com seu vozeirão personalíssimo todo o público ali presente, que cantou com ele seus hits e não arredou pé até seu ultimo bis.
Lá pras tantas agradeceu minha presença e se desculpou por não lembrar da letra da minha canção. No problem. Ele, pode.

Foi uma honra assistir ao show de um dos maiores cantores brasileiros. Juro que eu não esperava estar lá, em plena segunda feira , cantando com ele ; "Chorei, chorei, até ficar com dó de mim e me tranquei no camarim, tomei um calmante, um excitante e um bocado de gim..."

LÍVIA!!!!


Parece que o pessoal de partida pro nosso planeta, gostou da nossa turminha aqui. Mais uma recem chegada; Livia. Chegou dia 11 as 7:18. Bem no dia das mães. Isso é que é presente, não é? Veio cheia de charme e "miados" com sua lua em leão. Mais uma pra turma. Bem vinda Lívia!!

sábado, 10 de maio de 2008

AINDA ESTOU NO CLIMA...



Talvez por causa do filme-documentário que acabei de assistir "O ultimo bandonenon", ou por saudades de Buenos Aires, ou ainda porque, tenho que confessar; Adoro Luis Miguel.
Resolvi colocar esse vídeo que na minha opinião é um escândalo.
Você não concorda?


sexta-feira, 2 de maio de 2008

ESSA É PARA O FIM DE SEMANA


"Daqui a alguns anos você estará mais arrependido pelas coisas que não fez do que pelas que fez.
Então solte as amarras.
Afaste-se do porto seguro.
Agarre o vento em suas velas.
Explore.
Sonhe.
Descubra."
(Mark Twain)